segunda-feira, 8 de junho de 2015

Três e Seis


Isso mesmo, três e seis. Eu sei, esse título, esse começo... quase não faz sentido. Sentido lógico não, mas sentido na alma faz. Há pouco tempo atrás falava da surpresa do resultado positivo e da vinda do caçulinha. Hoje me pego surpresa com outros sentimentos avassaladores.

Esse meu pequeno que veio com um recado mais ou menos assim: “não, mãe, você não pode controlar e programar tudo!" - me ensina muito a cada olhar, a cada suspiro.
Muito focada em resultados, eu estaria nesse momento treinando-o para dormir assim ou assado. Afinal, no auge dos seus 3 meses, cansada, estaria exigindo que ele esticasse a noite. Porém, ele sempre me exige, às três e às seis da manhã. Todos os dias,  ou melhor, nas madrugadas. Ele mama e se enrosca em meu colo.

Ali, eu esqueço que estou mortinha de cansaço e que preciso dormir. Então fico imaginando na diferença que estes momentos de apego farão para a vida dele. Mas fato mesmo, é que me sinto agarrando o tempo, segurando firme e dizendo: "eu estou aqui aproveitando tudo!". Sinto cada minuto de macacão gordinho agarrado a mim, e que sensação boa! (Contudo, não melhor que os sorrisos dele para mim)!!

Dizem que horas de sono perdidas, jamais serão repostas, mas não consigo desligar e, aqui me sinto assim, vendo o tempo voar e eu, implorando para ele me esperar. É... Mas não dá! Vai ser assim, ele vai crescer e eu me arrepender de ter deixado isso acontecer... hehehe

Ah... se eu pudesse, acho que os congelaria lá pelos 4 anos e eternizaria a infância, grudaria neles sem soltar. Mas tem aquela velha frase que tanto incomoda "filho cresce!!!". Verdade, cresce mesmo...e como?!! E rápido! Bem rápido! E cresce seguro e dono de si,  por conta de tantos abraços, de tantas três e seis, de tantos beijos, de tanto visitar dezoito shoppings, só para ter certeza que ele viu o papai Noel e que ele já sabe sobre o natal... de tanto eternizar momentos, de tanto a mãe aqui reclamar no colégio sempre pelo melhor, de tanto a mãe se preocupar se ele é feliz, se tem toque suficiente, atenção, afeto, se tem vivido o lúdico da infância, se já tomou banho de chuva, se ama suas festas de aniversário feitas por nós, na nossa casa.  É assim que filho amado cresce!

E nós, mães dedicadas que convivemos com esse jargão e nos lembramos que as noites eram fracionadas e os momentos de privacidades arrancados, temos certeza, quando olhamos para nossas crias, que tudo valeu a pena e que sim, "filho cresce", mas só nós sabemos a qualidade desse crescimento, dessa sementinha que foi regada incessantemente com nosso amor!!! Pode ser que em determinados momentos ou em muitos deles a gente sinta falta da festa que deixamos de frequentar, da carreira que deixamos de ascender, de viagens que ficaram para depois! Mas tenho certeza que sempre há tempo para coisas assim.


Contudo esse início, essa primeira infância será para sempre,  a alegria de nossas vidas e a base para o caminhar desses nossos anjinhos! 
E, assim já são seis e nesses devaneios nem percebi que não dormi, que perdi esse soninho restaurador entre três e seis. Parte de mim já sente o prejuízo físico do cansaço, mas a outra parte comemora e sorri!

Por que assim, ele estava nos meus braços envolvidos pelo amor. E eu ainda estou decidindo se me entrego a loucura diária que logo se inicia ou fico ali vendo a vida passar sob o olhar do meu bebê, imaginando e divagando sobre a vida. 

*Por Hellen M - para nos seguir no facebook, clique AQUI e aperte "curtir"

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