quarta-feira, 15 de julho de 2015

Férias no MADF!


Porque nas férias com a criançada, nossa prioridade é eles!
Nosso blog fará uma pausa de hoje até 03/08 para que possamos lamber nossas crias com a atenção que eles merecem.
Boas férias para vocês e a família!
Nos vemos em agosto!!


quarta-feira, 8 de julho de 2015

Em alta velocidade




Desde que meu filho nasceu, tenho a impressão (ou a constatação) de que estou sempre cansada. Não cansada a ponto de deixar de brincar com ele, fazer suas refeições ou preparar sua mochila da escola. Mas aquela disposição de outrora não voltou com o fim da gestação.

Em um dos raros momentos que sai de carro, sozinha, à noite (estou tão cansada que não consigo me lembrar para onde ia), comecei a pensar (ou a divagar) sobre as dificuldades de se aprender a dirigir. A primeira vez que sentamos naquele carro cheio de botões e comandos, quando o instrutor diz “dê a partida” e aquele momento que você, depois de deixar o carro ‘morrer’ mil vezes, consegue finalmente que ele ande alguns metros. É certo: você tem uma máquina mortífera em mãos.

Nesse instante se alguém me dissesse que a embreagem controla todo o carro e não o freio ou o acelerador eu certamente o chamaria de louco. Isso tudo me fez comparar a maternidade de primeira viagem ao aprendizado sobre como dirigir um carro.

Veja só, você espera ansiosamente para fazer 18 anos (neste caso, 9 meses de preparação). Quando esse dia finalmente chega, você não tem ideia do que fazer ou de como agir. Sem contar que os palpites são muitos e o conhecimento é pouco (lembra de quando você deixava o carro morrer e toda a sua família dizia um milhão de coisas enquanto você tentava se acalmar e ligar o carro de novo?). Pense bem, se alguém te dissesse que você vai saber exatamente as necessidades de seu filho quando ele te olhar, você o chamaria de louco, assim como eu fiz quando alguém me disse que eu saberia a hora de passar a marcha, porque o carro ‘iria me dizer’.

A velocidade como conduzimos um veículo ou a nossa vida após o nascimento de nossos filhos também é determinada apenas por nós mesmas. Se vai andar ou não dentro da faixa de rolamento ou simplesmente ignorar as regras (e lá na frente ser ‘multado’ por isso) também vai depender da forma como levamos o dia a dia e a educação dos nossos pequenos.

E, se no futuro, queremos ter uma geração mais consciente e engajada, devemos dirigir nossos carros nessa direção. Para nos livrarmos dos obstáculos, lombadas e faróis pelo caminho, precisamos saber a hora certa de usarmos o pedal do freio e do acelerador, sem nos esquecermos de que somos a embreagem, ou seja, estamos no controle de tudo e somos os únicos responsáveis pelos filhos que deixaremos para o mundo.

*Por Carlinha M.- Nos acompanhe clicando AQUI e curtindo nossa página no facebook.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Carta para uma amiga


"Amiga querida, não nos conhecemos pessoalmente, nunca nem sequer te dei um abraço, pois milhares de quilômetros nos separam, mas agora mais do que nunca queria te abraçar e dizer que vai ser fácil mas não posso...

Sei que desde que seu anjo era pititico conversávamos sobre algumas dificuldades motoras e de comportamento dele, afinal somos amigas de barriga e compartilhamos nossas aflições em relação a nossos príncipes...

Sempre te disse que queria estar por perto para ajudar a avaliar seu ‘gatinho’, pois com tantos anos trabalhando com crianças especiais eu poderia fazer alguma coisa. Lembro das primeiras vezes que levantamos a possibilidade de autismo. Quantas vezes choramos juntas eu aqui no interior de São Paulo e você na Suíça, tão longe mas parecendo tão pertinho.

Sim amiga você negou, assumiu, negou de novo, até que estufou o peito e disse “sou mãe de criança especial, agora vou em busca do diagnóstico”. Depois de terapias, terapeutas, escolas que aceitavam, outras não, enfim veio o diagnóstico: "Você é mãe de um lindo (lindo mesmo) Anjo Azul". Sim, seu menino é autista, agora você tem certeza..Não que vá ficar mais fácil, no começo talvez fique até mais difícil...mas agora você sabe...Agora sabe quais terapias serão necessárias e você pode estufar ainda mais o peito e dizer "Sim meu filho é autista".

Talvez você ainda enfrente preconceitos, como toda mãe de crianças especiais, mas você é forte e vai conseguir. Você renasceu como mãe."


*Por Jan M
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