sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Carta de uma autista para pais de autistas

Nem sempre é fácil fazer uma família entender o autismo e nem sempre é fácil saber que aquela criança – que as mães esperaram nove meses para ter nos braços – é autista. Eu comecei esse texto trazendo essa reflexão porque embora não pareça, eu sou uma autista. 

Sou adulta, tenho vinte e seis anos muito bem vividos e posso, felizmente, relatar a minha história. Não, não foi fácil. Já era difícil ser eu, mas ser a minha mãe era pior ainda. Primeiro porque a gravidez dela não foi das melhores, depois porque eu era a miniatura do Mickey – se é que vocês me entendem – e precisava de muitos cuidados pelo meu tamanho mini.  (Não que eu ainda seja assim, pois tomei tanta vitamina que é um Deus nos acuda agora!)






A Luta é diagnosticar

Eu ia crescendo e a minha mãe, que na época trabalhava na área de saúde, foi notando alguns problemas no meu desenvolvimento. É claro que ela ficou preocupada comigo mas, no meio do caminho, teve que se preocupar também com a gravidez do meu irmão.
 
Enfim, ao completar um ano de idade, eu era um desastre de exemplo para o meu irmão, uma vez que eu nem sabia andar. Falava, porém era difícil me entender já que o meu vocabulário era, no mínimo, limitado. Eu sabia falar coisas como “mã” para me referir a minha mãe mas, até então, era bom não esperar muito de alguém com um ano de idade. 

De qualquer forma, era visível que o meu desenvolvimento – em comparação ao do meu irmão – era muito mais lento. Eu demorava mais para fazer tudo, embora aprendesse muito rápido o realmente me interessava!

Com dois anos de idade eu era uma criança celebridade já que ainda tão pequena tinha a atenção de muitos adultos – é o que eu gosto de pensar -, porém, a verdade é que com essa idade eu já tinha uma equipe médica me avaliando. Ia em muitos consultórios, muitas pessoas de branco me observavam e por aí vai. 

Não muito mais tarde a minha mãe recebeu o laudo multidisciplinar constatando que eu tenho autismo. Contudo, de acordo com os médicos, ela poderia se sentir sortuda por eu ter um grau leve de autismo. Eu que já ia muitas vezes em consultórios, passei a ir muito mais. Lembro uma vez que eu tive que deitar em uma cama fofinha, de um médico ser legal comigo e de colocarem uns negócios na minha cabeça que media algo, lembro do monitor e de ver muitas linhas verdes – estilo gráfico – subindo e descendo na tela.

Eu lembro também que não era fácil me ter como paciente porque eu não confiava em ninguém, eu odiava ir ao dentista, mas amava a minha pediatra. Acredite, ela era a médica mais legal de todas. (Eu só descobri – muitos anos depois – que era a Doutora Ana quem estava por trás de todas as furadas que eu levei até os meus doze anos. Não doutora, não te acho mais legal, se quer saber!)


A Luta é estudar

Quando eu completei quatro anos, minha mãe tinha um emprego e eu precisava estudar. Então, minha mãe foi em busca de uma escola para me matricular. Foi nesse ponto da minha vida que a luta começou porque a minha mãe ouviu muito não quando ela mencionava o fato de eu ser autista, chegou a ouvir de coordenadores que o melhor para mim era a escola especial.

Para muitos, a escola especial poderia ser boa, mas os meus médicos não recomendaram e nem apoiaram essa decisão pelo fato de eu conviver com pessoas iguais – ou em situações piores – não fosse uma boa ideia já que eu corria o risco de regredir. 

Minha mãe, então, começou uma busca desenfreada, pesquisou bastante até garantir o meu direito (agora é Lei 12.764) de frequentar a escola regular com cinco anos de idade. Ela foi até a Secretaria de Educação e, por um acaso do destino – eu prefiro chamar de desespero -, ela conseguiu falar com o Secretário de Educação, contou a ele o meu caso e, naquele mesmo dia, ela saiu de lá com um documento assinado por ele que obrigava a escola mais próxima da minha casa a me matricular.

Lá foi a minha mãe até lá me matricular com um sorriso satisfeito no rosto. A diretora não teve nem como dizer não já que a lei estava ao nosso lado. Eu lembro que comecei a estudar a tarde, mas por questões de horário, passei para de manhã. 

Lembra também do irmão que eu mencionei nesse texto? Então, a essa altura ele já tinha nascido e, de alguma forma, a minha mãe conseguiu matricular nós dois na mesma escola e ficamos na mesma sala. Eu me sentia mais segura com o meu irmão lá até porque eu não era a criança mais sociável, não gostava e nem confiava em ninguém, então a professora e o meu irmão eram os únicos com quem eu falava.Ah, e com a Edisa, a minha única amiguinha! 


A luta é entender

O que eu sei é que eu demorei muito tempo para aprender a ler, que eu demorava muito tempo para copiar qualquer coisa do quadro e por fazer algumas avaliações na diretoria. Eu não entendia porque eu não conseguia brincar com as outras crianças e nem por qual motivo eu era tão lenta, inclusive, isso pairava bastante na minha cabeça. Aliás, se eu não me entendia, imagina os outros.

Eu lembro de uma professora minha brigar comigo quando eu estava na 1° série, ela disse que eu era preguiçosa, que não copiava as coisas do quadro porque eu vivia no mundo da lua. E que a minha atividade preferida era ouvir a conversa dos outros. 
Isso me marcou bastante porque eu não era mal-educada ao ponto de parar o que eu estava fazendo para “ouvir a conversa alheia”, o que acontecia é que eu vivia no meu próprio mundo, um que só existia para mim.

O trauma só não foi maior porque durante os quatro anos do Ensino Fundamental, a minha mãe me acompanhou na escola, era raras as vezes que eu estava sozinha, que eu não tinha alguém me observando. E, naquele ano, eu realmente fiquei feliz por ter sido aprovada.


A Luta é superar

No ano seguinte, eu comecei uma série nova, uma bem legal, aliviada porque eu tinha outra professora. O problema mesmo é que eu tinha medo dela pelo fato de ela ter cara de brava e parecer má! 

Eu que já não confiava muito nas pessoas, continuei insociável, continuei com a minha lentidão e tinha um sério problema com matemática. A professora, por sua vez, me pressionava bastante no começo e eu tinha vontade de chorar quase todos os dias.
No entanto, a Tia Hilda, aos poucos foi me mostrando que o coração dela era tão grande quanto o da minha mãe e eu entendi o que ela estava fazendo com o auxílio da minha mãe, eu entendi que elas estavam me motivando a crescer, a agir como uma criança normal, apesar das limitações.

É, obrigada meninas! Isso foi muito importante para mim e eu carrego para sempre no coração o que vocês duram fizeram por mim. Porque não é qualquer professora que briga com a direção da escola como você brigou e tudo isso com um só objetivo.

Eu me despedi da Tia Hilda no meio da 4° série, quando ela precisou se afastar da escola por motivos de saúde e, honestamente, foi o período mais complicado da minha vida pelo fato de eu não ter mais rotina. Odiava quando precisava mudar.


A luta é não desistir

Eu tive algumas crises e sei que fiz a minha mãe passar muita vergonha na vida por minha causa e é por isso que eu a admiro tanto porque, mesmo em meio ao caos, ela não desistiu de mim. Eu sei que ela abriu mão de muitas coisas para me acompanhar na escola, que ela deve ter brigado com a direção da escola algumas vezes, que ela não viajou o que tinha que viajar porque não queria me deixar.

Mãe, obrigada por não desistir. Foi muito importante. Mães, não desistam de seus filhos mesmo que a luta seja grande, eles são os seus maiores bens e, mesmo que não pareça, eles vão te encher de orgulho. 
Lembro de uma crise muito forte que eu tive, eu tinha uns doze anos. Eu tinha uma agenda rosa da Barbie que tinha um fio de nylon rosa e que fechava a agenda – daquele tipo de caderno que fecha com elástico – e eu tinha muito ciúme daquele objeto. Um dia, o meu irmão caçula brincando, cortou o fio e eu entrei em crise pelo fato de saber que mesmo que consertassem, ele nunca mais ia ser o mesmo.

Foi marcante, foi assustador porque quanto mais eu tentava me controlar, pior ficava, porém, de alguma forma, a minha mãe conseguiu me acalmar. Até hoje só nós duas entendemos o que existia por trás daquele escândalo e só nós duas entendemos o real significado dela. Como eu disse antes, era difícil ser eu e bem mais difícil ser a minha mãe.


A luta é viver

O Ensino Fundamental II foi a época mais tranquila da minha vida porque foi quando conseguimos estabilizar as crises e quando eu comecei a ter contato com o que realmente me interessava.

Eu me tornei um pouco mais sociável e até tinha um grupo de amigos – e, sim, meu irmão ainda estava na mesma sala que eu, na mesma escola e ele me incluía em tudo.Valeu, Rafa! Gratidão eterna!


Nessa mesma época eu fui liberada e já não tinha mais que ir no psicólogo umas duas vezes por semana, eu já não tinha mais que tomar medicação, eu era uma garota quase livre. Porque era muito comum ver a minha mãe nos corredores da escola.

 
Quando eu fui para o Ensino Médio, eu já tinha mais consciência e já entendia bem o que era autismo e como era difícil lidar com ele, como era difícil ser a estranha, de ser a tímida em um território de populares. E, por esse mesmo motivo, eu considero o Ensino Médio a época mais difícil e cruel que eu tive que passar porque a minha mãe me deu um pouco mais de liberdade e já não passava tanto tempo na escola, embora nunca tenha abandonado a ideia de me acompanhar. Ela fazia isso do jeito dela.


Eu sempre ouvi, muitas vezes, que autistas não chegam ao Ensino Médio porque as condições de aprendizagem deles são limitadas. No entanto, comigo foi diferente pelo fato de eu não ter perda cognitiva.



A luta é minha

Em 2008, eu, a autista, entrei na faculdade de Pedagogia. Escolhi esse curso porque queria ajudar crianças como eu, queria contar para elas que ser diferente não é vergonhoso, que ser diferente é ser especial, é ser único.

E foi uma das melhores escolhas que eu fiz na vida já que eu fui parar em uma das melhores faculdades da cidade, fui tratada com o respeito que eu merecia, fui estimulada, participei de projetos inovadores e, em meio a isso, encontrei outro anjo que me ajudou muito mais do que eu poderia imaginar. Ela me levou para estagiar na clínica que ela trabalhava, me mostrou um mundo que eu não conhecia e que eu poderia estar nele, que eu poderia fazer o que eu quisesse.


Naquele dia eu entendi que eu jamais deveria me sentir inferior, por maior que seja o preconceito, eu jamais deveria me sentir assim e que as pessoas só fariam comigo aquilo que eu permitisse.


Terminei a faculdade e escolhi o Autismo como tema da minha monografia e pesquisei muito sobre o assunto e me formei em 2011. Eu, a autista, pedagoga!



A luta é nossa!

Atualmente, sou formada em Pedagogia e Letras e estou terminando duas pós, sendo uma delas uma especialização em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Também fui aprovada – de novo – no vestibular e daqui a alguns meses começo a faculdade de Jornalismo.


Autismo é uma causa que eu nunca vou abandonar. Eu quero tranquilizar mães e pais, eu quero ajudar essas crianças e eu também quero ser a porta-voz do Autismo. Eu quero um mundo com mais respeito e com menos preconceito, eu quero que as pessoas enxerguem os autistas como verdadeiramente são, eu quero conscientizar e tirar esses estereótipos que as pessoas costumar dar aos autistas.


Eu quero um mundo melhor para eles que, assim como eu, também são autistas e eu quero dizer para as mães que seus filhos são especiais sim, mas são únicos.


Mães, essa luta é nossa!

Raquel Torres
Autista, Pedagoga, filha de Selma e irmã de Rafael


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Voltas às aulas que Delícia! Ou não

A maioria das crianças anseia mais do que tudo pela voltas às aulas. Rever amigos, fazer amigos! Cheirinho de caderno novo, novas descobertas, novos caminhos. Tão bacana!

Mas, a verdade, é que esse ano meus filhos trocaram de escola e ficamos (todos) contando os dias para o início das aulas! Eles queriam mais do que nunca fazer novos amigos, conhecer a professora, o espaço físico. Explorar tudinho. 



Explorar, essa é a palavra. Que delícia! Quem se lembra do friozinho na barriga do primeiro dia de aula? A expectativa da aceitação e o medo do novo se misturando com a felicidade de estar lá. Como era bom!

Mas eu, mãe,  me senti mera expectadora nesse recomeço. Sei que também faz parte do papel de mãe expectar (risos). Mas, deixar ir (entrar na escola) sozinho é a parte mais difícil. A gente faz cara que quer que ele vá direto, feliz, sem olhar para trás. Mas, no fundinho, fica até torcendo para ele fazer um charminho e pedir mais um beijinho. 

Ansiosa, perdi o sono na noite anterior ao primeiro dia de aula... certeza que eu estava mais tensa que ele ( ou no mesmo nível hahaha). De qualquer forma, de lá para cá, todo dia, faço cara de corajosa e digo: "Vai meu filho, vai que não pode chegar atrasado (para a vida)!".

Tudo isso porque meu bebê de 5 anos está indo para o primeiro ano do fundamental (todo orgulhoso) e, eu, (boba) com medo que ele não consiga se adaptar a esse mundo de escola grande. Mas vai conseguir. E a minha mais velha então? Tão bom coração, gosta de todo mundo. Ai que medo que ela não seja correspondida.

Como é louco ser mãe né, meninas? Quantos sentimentos envolvidos nesse começo, quantas dúvidas. E pensar, que para eles, é tudo tão mais simples. Que bom! 

P.S. Esse é um texto meio sem pé nem cabeça de uma mãe que apesar de pedagoga é mãe.

Jan M Bormann
Pedagoga e Mãe de dois filhos


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sábado, 13 de fevereiro de 2016

PROMOÇÃO de PAPINHAS Porções de Amor

KIT DE PAPINHAS da Porções de Amor para as mamães do ‪#‎muitoalemdasfraldas‬!


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Para conhecer detalhadamente os produtos, acesse: http://www.porcoesdeamor.com.br


Sobre a Porções de Amor

Investir em Sabor com Saúde? Sim, é mais que possível.

Mãe dedicada e apaixonada por culinária, Manoela Sena resolveu investir em alimentação saudável para bebês depois do nascimento da pequena Duda (4 anos). E não é que deu certo? Assim surgiu a Porções de Amor, empresa especializada em papinhas e marmitinhas caseiras totalmente artesanais, desde o preparo até a finalização com a rotulagem. E o melhor, sem condimentos e nenhum tipo de açúcar!

Se você também acha que alimentação saudável começa na infância está na hora de dar um "up" na alimentação do seu filhote e, o melhor, pode estocar as comidinhas para uso diário no freezer. Mesmo que você seja uma mãe super prendada e saiba (e goste) de cozinhar, acredite, sempre é bom ter algumas marmitinhas congeladas em casa para emergências ou saídas de final de semana.

Para conhecer o trabalho da Manoela Sena na Porções de Amor, acesse www.porcoesdeamor.com.br ou a fanpage: facebook.com/porcoesdeamorpapinhas

Para conhecer o último texto que a Manuela Sena fez para o #muitoalemdasfraldas, clique: "A Lancheira do seu filho é saudável?"

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Pão de Inhame Caseiro

Ingredientes


1 xícara de inhame cozido e amassado
1/4 de xícara de óleo de girassol
1 xícara de açúcar demerara ou mascavo
2 ovos caipira200ml de leite morno
1 pitada de sal1 envelope de fermento biológico seco
2 xícaras de farinha de trigo integral
Farinha de trigo para dar o ponto.


Modo de fazer


Misture primeiramente o purê de inhame, o açúcar, o óleo, o sal e os ovos. Em um recipiente a parte misture o leite morno (não pode estar frio nem quente) com o envelope de fermento. Despeje essa mistura na massa, acrescente a farinha integral e mexa bem. Depois vá acrescentando a farinha branca até chegar ao ponto de começar a desgrudar das mãos. Cubra bem e deixe dobrar de volume, por cerca de 1 hora. Depois modele os pãezinhos, pincele gema de ovo (opcional), coloque em forma untada e deixe crescer novamente por + ou – meia hora. Asse em forno 180C até ficar douradinho!
Obs.: Você pode substituir o purê de inhame por purê de batata doce. As duas versões ficam fofinhas e deliciosas!

Manoela Sena
Chef na Porções de Amor Papinhas

Descontão KIT PAPINHAS para as mamães #muitoalemdasfraldas

Confira a matéria completa em "A Lancheira do seu filho é Saudável?"

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Bisnaguinha Caseira


Ingredientes:


Para o fermento: 

2 colheres (sopa) de leite morno, 
½ colher de açúcar, 
1/20 colher de farinha de trigo e 
10 g de fermento biológico.

Misture tudo e deixe crescer por aproximadamente 15 minutos.


Para o Pão:


¾ de xícara de leite
250 g de farinha de trigo ou o suficiente para dar ponto na massa
1 colher (sopa) cheia de manteiga
1 colher (sopa) de açúcar
½ colher (sopa) de sal


Preparo


Misture todos os ingredientes (a farinha aos poucos até dar o ponto). Sove bem a massa para que fique macia. Faça bolinhas com toda a massa e deixe crescer por 40 minutos ou até que dobre de tamanho. Sove novamente toda a massa para retirar o ar, abre a massa com um rolo, enrole e corte para dar o formato dos pãezinhos, você é quem decide o tamanho dos pães, mas quanto mais gordinho, mais fofinho fica. Deixe dobrar de tamanho novamente e depois asse em forno baixo até dourar.


Dica: Para acompanhar na lancheira essa bisnaguinha, um patê de ricota é uma boa pedida!

Manuela Sena
Chef na Porções de Amor Papinhas

Descontão KIT PAPINHAS para mamães #muitoalemdasfraldas

Veja matéria completa em "A Lancheira do seu filho é saudável?"

A Lancheira do seu filho é Saudável?

Com essa euforia toda dos pequenos na volta à aulas, nós, mamães, é que ficamos de cabeça quente em relação ao que mandar na lancheira diariamente. Opções junk food (alto teor de calorias e baixo valor nutricional) não faltam, mas opções realmente saudáveis, faltam e faltam muito em muitas lancheiras por aí!

Por isso, convidamos Manoela SenaChef na Porções de Amor Papinhas para dar uma ajudinha para gente montar uma lancheira com muito mais sabor e muito mais saúde. "Sim, é possível fazer um lanche gostoso e saudável para a criançada sem se estressar todo dia. A gente só precisa de um pouquinho de planejamento. Pensar no cardápio da semana escolar com antecedência é fundamental."




Fica o alerta também para os alimentos já conhecidos da galerinha que achamos ser saudáveis, mas que na verdade são junk food disfarçados!


Junk Disfarçados de saudáveis

Basta uma olhada rápida no Google para acharmos diversas informações sobre itens que, teoricamente, não farão mal à saúde dos pequenos mas que na verdade podem ser verdadeiros venenos. Manoela Sena lista e comenta alguns deles:

Suco de caixinha – Pode parecer inofensivo, mas não é. De acordo com uma pesquisa feita aqui em São Paulo pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), esses sucos contêm altos índices de açúcares, corantes e aromatizantes. A amostra foi composta por 12 bebidas à base de fruta comercializadas em caixinha e garrafinhas de plástico. Além desses malefícios, algumas pessoas já reclamaram de "surpresinhas" encontradas dentro das embalagens, como fungos, tecido orgânicos, lagartixas e até ratinhos bem pequenos. Então, na minha opinião, a melhor opção para esses sucos é deixá-los nas gondolas dos supermercados.

Bisnaguinha – Você sabe o porquê que esse pãozinho amado pelas crianças é tão fofinho? Vou te contar, é fofinho por conta da gordura hidrogenada, mas eu não estou falando de pouca gordura e sim de muita mesma. Esse pão é feito com farinha branca e açúcar, ou seja, tem poucos nutrientes e zero de fibras. Não é legal manter diariamente esse tipo de pão no cardápio dos nossos filhos.

Cereal Matinal – Esse item faz muitos olhinhos brilharem, mas são terríveis bombas de açúcar, o que explica o fato de serem tão gostosos. Os carboidratos encontrados em cereais matinais são grãos refinados e super processados, com altas taxas de açúcar. Quando você acorda seu corpo precisa de combustível no café da manhã, mas se esse combustível vem de cereais açucarados seus níveis de açúcar no sangue sobem absurdamente. Depois de digerir os cereais, os níveis de açúcar no sangue voltam a cair, o que sinaliza ao cérebro que ele precisa de mais açúcar. Por isso, durante todo o dia, as crianças ficam mais propensas a comer mais doces, sucos e outras guloseimas. Quando o açúcar no sangue continua subindo e descendo, ele faz com que o corpo sinta ainda mais fome e também que a concentração fique mais difícil.


Opções super saudáveis

Dado três exemplos do que não devemos manter nas lancheiras, Manoela Sena ainda nos ajuda a substituir esses e outros itens para que seu filho (a) tenha uma lancheira super saudável, vamos lá:

Suco Natural - se tiver a opção de enviar a polpa de fruta para que o suco seja feito no horário do lanche, ótimo. Mas me refiro a polpa que você mesma extraiu em casa. Outra dica é separar a polpa em quantidades pequenas já para esse fim, você pode também colocar um ou dois cubos de polpa na garrafinha térmica, com água. No horário do lanchinho seu filho só vai precisar agitar e beber um refresco maravilhoso e saudável.

Pão Caseiro -  o ideal é priorizar os pães caseiros, aquela receitinha da vovó que está guardada no funcho do armário vai fazer sucesso. Caso não tenha nenhuma receita bacana, anota aí duas receitinhas da chef da Porções de Amor:





Bolo - bolos também são ótimos lanches, mas evite enviar bolos com recheios e coberturas.

Fruta - Eu sei que nós já estamos cansadas de saber e de ouvir que as frutas não devem faltar nas lancheiras, mas veja as melhores opções para levar:



  • Laranja* -  fonte rica em vitamina C: vitamina C possui um papel muito importante no organismo, já que ajuda na formação do colágeno, ossos, dentes, glóbulos vermelhos, e favorece a absorção de ferro dos alimentos e a resistência as infecções.


*Descasque e passe o filme plástico (pvc) ou coloque em saquinhos de plástico zipados. Por incrível que pareça têm escolas que cobram uma taxa extra para cortar e descascar as frutas.



  • Uva - fonte de carboidratos, importantes para o fornecimento de energia para o corpo. Também contém vitamina C, vitaminas do complexo B e sais minerais como ferro, cálcio e potássio. A uva, principalmente a escura, possui ação antioxidante, ou seja, combate os radicais livres e também é anticancerígena.




  • Maçã – uma das frutas mais consumidas no mundo, com composição nutricional que merece destaque, principalmente pelo seu alto valor de vitaminas do complexo B, vitamina C e E, além do mineral potássio. Além disso, sua composição de fibras, principalmente da pectina, fornece aproximadamente 10% das necessidades diárias de fibras.




  • Banana – tem embalagens apropriadas no formato da fruta para armazenar na lancheira. A fruta é rica em vitamina B6, vitamina C e potássio.


Com essas dicas você, mamãe, vai conseguir deixar a lancheira do seu filho muito mais saudável e saborosa!

Investir em Sabor com Saúde? Sim, é mais que possível.


Mãe dedicada e apaixonada por culinária, Manoela Sena resolveu investir em alimentação saudável para bebês depois do nascimento da pequena Duda (4 anos). E não é que deu certo? Assim surgiu a Porções de Amor, empresa especializada em papinhas e marmitinhas caseiras totalmente artesanais, desde o preparo até a finalização com a rotulagem. E o melhor, sem condimentos e nenhum tipo de açúcar!


Se você também acha que alimentação saudável começa na infância está na hora de dar um "up" na alimentação do seu filhote e, o melhor, pode estocar as comidinhas para uso diário no freezer. Mesmo que você seja uma mãe super prendada e saiba (e goste) de cozinhar, acredite, sempre é bom ter algumas marmitinhas congeladas em casa para emergências ou saídas de final de semana.

Para conhecer o trabalho da Manoela Sena na Porções de Amor, acesse www.porcoesdeamor.com.br ou a fanpage: facebook.com/porcoesdeamorpapinhas

Descontão KIT PAPINHAS para as mamães #muitoalemdasfraldas