segunda-feira, 30 de março de 2015

Mãe perfeita é mãe feliz!


Ah, eu sempre quis ser mãe e sempre quis ser feliz, e você?
Quando descobri que estava grávida foi um misto de emoções tão grande, que eu logo tive certeza de que a gestação dura justamente 9 meses porque é mesmo o tempo da gente se adaptar. Imagina se o bebê nascesse em 21 dias como os ratinhos? Ah, a gente pirava, ainda mais mãe perfeita, pirava mesmo!

Tive longos nove meses para planejar a chegada do bebê e trabalhar o meu modelo de boa mãe. E eu me dediquei, viu? Pesquisei insistentemente em livros, em artigos, na internet, fui à reunião de futuras mamães, fiz “benchmarking”, elaborei mil perguntas às minhas amigas com filhos e acabei cheia de opiniões, mas com muito poucas respostas. 

Ah, mas se não tem “modelo de bebê”, então, não teria “modelo de mãe” não é mesmo?
Certo. Tudo bem. Mas, mesmo assim, ainda queria ser a melhor mãe possível e fui compilando uma série de “certos e errados” de como cuidar do bebê. Na minha lista ideal, incluía não dar chupeta (vício, logo no primeiro dia de vida?), amamentar com leite materno exclusivo no peito (nada de mamadeira, né?), e não precisar de ajuda para cuidar do bebê (por que eu não daria conta de tudo sozinha se fui criada para ser independente?).

Mas, na vida real... Ah essa vida real destruidora de sonhos...
As coisas saíram do meu controle! As minhas primeiras semanas em casa foram surpreendentemente cansativas. Bebê chora, bebê não dorme, bebê tem refluxo, bebê tem cólica, bebê demanda! Peito empedra, peito racha, peito vaza, bebê ainda tem fome, mamãe chora e o papai surta.

- Marido, compra já uma chupeta para essa criança pelo Amor de Deus! Sai marido zumbi da madrugada para achar farmácia aberta. Mas, o bebê não quer chupeta, cospe insistentemente a “pacificadora” mesmo cheia de Funchicorea (Funchicorea pode?).

- Marido, eu quero a minha mãe. Chama a vovó pelo Amor de Deus! Sai marido zumbi da madrugada para buscar a vovozinha e logo descubro - abismada - que muitos dos “conselhos da vovó” realmente funcionam.

Mas, mesmo assim, marido e eu não dormimos bem há semanas (ou seriam séculos?) e ainda estamos no terceiro mês de vida do bebê. Mas, dizem que após o terceiro mês passa...

Amamento exclusivamente no peito - dia e noite - com intervalo máximo de 3h até o quarto mês. Minhas olheiras estão deixando o “Tio Chico” (família Adams) com inveja, e estou só o pó no dia que vou a consulta com a minha ginecologista que diz:  “Minha filha, mãe perfeita é mãe feliz! Se permita uma noite de sono. Dê pelo menos hoje a mamadeira para a sua pequena. Amanhã, você pode voltar a ser “Super Mãe” de novo. 

Mas hoje, você precisa mesmo é descansar”. 

- Mariiido, compra a mamadeira, pelo Amor de Deus!

*Por Cinthia F

Inclusão: será?


Ouço há alguns anos muito se falar sobre inclusão, porém é exatamente apenas isso: falar.
No papel, é sempre tudo maravilhoso e funciona perfeitamente, como em um relógio. Eu poderia ficar horas falando, com base na minha visão de educadora, sobre os prós e contras da inclusão, mas prefiro falar como mãe de uma criança dita “normal”.

Tenho uma filha de sete anos que estudou com duas crianças especiais. Uma delas, um garotinho um ano mais velho que minha filha. Como não conseguia se expressar corretamente: ele batia, acabava sendo violento. Para que ela não tivesse medo dele, eu precisei explicar pra ela que ele não entendia o quanto aquilo machucava ou mesmo que machucava.

Também havia uma garotinha com uma característica especial que não se percebia apenas pela aparência: ela tinha muita dificuldade de aprendizagem. Minha filha, em sua ingenuidade com 5 anos na época, comentou que a amiguinha era “preguiçosa”.

Mais uma vez, coube a mim explicar que ela iria aprender, mas do jeitinho dela. Então eu me pergunto: e aquela mãe que não explicou?

As crianças, eventualmente, continuaram vendo a amiguinha como preguiçosa, burra, ou até “sem cérebro”, como uma das amigas se referia a ela!

Cadê a escola que não se preparou pra receber a criança especial? Onde estava a professora que não se atentou (ou se importou) para como as crianças estavam percebendo esta colega?

Se me perguntarem "você é a favor da inclusão?", eu respondo: "Sou a favor, mas não a qualquer preço!”

*Por Jan M.

domingo, 29 de março de 2015

E quando a notícia vem nas pontinhas dos pés?


Pois é!
Foi assim que eu recebi a notícia de que estava grávida novamente.
Para não dizer que veio sem querer (acho pesado o termo); aprendi com uma amiga que o meu caçulinha chegou nas pontinhas dos pés: veio sem avisar!
E agora? O que eu faria com toda essa transformação na minha vida... Tudo novamente? 

Quanto mais eu conversava com as amigas, mais eu me perdia.
Quando era verdadeira demais nos meus devaneios, era censurada.
A frase mais clássica que ouvi durante esse tempo foi: "filho é benção, você tem que ficar feliz!".
Concordo com a primeira parte da frase, mas a segunda me incomoda um pouco mais.

Porque eu tenho que ficar feliz? E se ao invés de feliz, eu ficar simplesmente chocada? Sim, chocada!
Afinal a vida em questão, que mudaria por completo, seria a minha.
Sim, só a minha!

Os pais que me desculpem, mas pai fantástico é "aquele que dá uma ajuda". Agora a mamãe aqui era o centro da situação, eu precisava dar conta com ou sem ajuda, afinal o bebê estava dentro de mim e quando nascesse era para os meus braços que ele viria.

Era eu quem passaria os próximos meses engordando, enjoando e sim tudo isso ao mesmo tempo em que me sentiria plenamente feliz!!!
Parece loucura, mas tudo isso e mais um pouco envolve a maternidade.

Gestar não é só esperar.
 É preciso que você se prepare durante os nove meses para estar pronta para o bebê que vai chegar.
Eu sei, jamais estaremos prontas, mas no meu caso, era a segunda vez... eu não queria cometer os mesmos erros. Tudo bem quanto a cometer novos erros, mas os mesmos... eu não me permitia!

Começando pelo parto, eu queria que fosse diferente, queria parto humanizado. Uau e que busca essa! Difícil num país que desencoraja esse tipo de parto, mas percorri todo o caminho até atingir o fim que eu desejava e ponto para nós!
Sim, nós! Eu e o bebê conseguimos, depois de 13 horas de um difícil parto normal, nos encontrarmos.
Foi lindo! Não como a maioria dos relatos que eu li, porém. Foi difícil, dolorido, por alguns momentos pareceu impossível, mas foi a nossa história possível, que ali, naquele momento, começávamos a construir.

E os meses que se seguiram ao nascimento também foram assim, cheio de questões novas, inéditas! Coisas do caçulinha que chega "causando".
Até alergia à proteína do leite enfrentamos.

E não, eu não gosto da fase que compreende os dois primeiros meses.
Fico exausta, pareço perder o controle de mim. Perco a identidade, perco a sanidade! E sim, eu me irrito quando dizem para aproveitar pois passa rápido! Oi? Aproveitar noites em claro e dias desesperadamente cansativos? Obrigada, mas a minha vez eu passo!

Quero que esse tempo voe! Se pudesse pularia essa fase!
Agora sim, passada essa avalanche volto a ser eu, mas agora sou um "eu" melhor!
Tenho nos braços um gordinho delicioso que aperto e brinco muito, pois sei que essa fase passa rápido e daqui a pouco ele já será um mocinho!

Então, não me digam que uma fase é boa quando não é! Não me censurem quando eu disser a minha verdade, afinal tem quem realmente goste muito da fase dos recém-nascidos.

Me digam a verdade, somente a verdade.
Me contem que passada essa fase desesperadora eu vou morrer de amores por cada sorriso, vou inflar de orgulho quando souber exatamente o que esse pequeno ser quer e precisa!

Ah, que maravilha ser mãe, que maravilha ter filhos ao nosso redor!
Contudo não me digam que esse caminho não tem tropeços, espinhos e, por favor, não me julgue se por vezes eu desabar.
Seja o apoio no caminho, a mão a me levantar.
E quando alguém me perguntar sobre tudo isso, direi que é a coisa mais maluca a se fazer: você vai perder a tranquilidade, a independência e até mesmo a mobilidade, mas vai ganhar o maior amor do mundo, a paz que habita em cada sorriso e depois de experimentadas essas sensações, esquece... Você não vive sem!!!

E se você perguntar sobre se aventurar nessa loucura eu vou dizer que, sem eles eu não sou mais eu... porque eles mudaram quem eu fui! 

 *Por Hellen M.

sábado, 28 de março de 2015

De repente, mãe da Laura!


Não nasci pra ser mãe.
Eu ESCOLHI ser mãe no momento da minha vida que achei ideal!
E já aviso, ser mãe está sendo lindo, mas ser grávida é puxado!
Quem em sã consciência planeja essa loucura deliciosa que é uma gestação? Ok, eu respondo!
É quem sente falta de um ser que ainda nem conhece e quem sente a necessidade de se completar.

Pronto! Planejei e pratiquei! E o que poderia demorar um tempão foi bem rapidinho.
Em quatro meses, numa sexta de carnaval, dentro do banheiro do escritório; dei de cara com um positivo gritante naquele teste feito com as mãos tremendo.  
Ai começou a mudar tudo! Sim, porque o significado de gravidez é mudança. Muda a cabeça, o corpo, o casamento, a vida!

Ahhh! Claro que vieram pra festa (sem serem convidados) os enjoos e o sono, MUITO SONO.
Nessa hora entrava em ação o super- marido fazendo suco de limão e levando o jantar na cama. Ele, que sempre cuidou de mim, se empenhou 100% em cuidar de “nós”.

Logo me transformei na ansiedade em pessoa pra ouvir o coração do bebê ... era o que mais me importava!
Quando finalmente ouvi... quase que o meu parou! Respirei aliviada e feliz quando a médica disse que estava batendo normalíssimo a 160 batimentos por minuto.
Eu não sabia, mas o coração do feto parece uma escola de samba.

Dai pra frente, cada dia era uma aventura. Barriga crescendo, peitos ficando enormes como nunca tinham sido; o quadril doendo (porque tem que abrir as ancas pra parir) e um amor desconhecido também crescendo na velocidade da luz.

Ok! Eu sabia que estava grávida, mas só caiu a minha ficha quando, no ultrassom de 14 semanas, olhei bem e vi um formato de bebê certinho! Não era mais um embrião com formato de nada.
Logo as perninhas abriram mostrando aquilo que, no fundo, eu já sabia ... não falava mas sabia.

Era uma MENINA!
Ela fez questão de mostrar o tempo todo que era uma mocinha, fazendo a médica nem ter dúvida.
Aí, a coisa ficou séria!
Andei pelo laboratório e falando “Caraca! Tem uma criança aqui dentro! Tem uma menina aqui dentro!”
Menina essa que poucos dias depois já se chamava Laura, a Laurinha!

Meu mundo começou ficar cor de rosa, muita coisa começou a fazer sentido e a dor nas costas só aumentando. Mas a felicidade também!

Enfim, considero que passei o ano todo grávida, de janeiro a outubro. Saudade da barriga? Não tenho. Mas tenho orgulho daquela experiência que me fez crescer e sentir o milagre da vida que é gerar um filho!
Quem diria! A Flávia falando isso, hein?
Muitos se surpreenderam com essa minha nova versão, virei uma manteiga derretida que agora fala com voz de bebê o dia todo.

Pois é!  Aquela menina que nunca brincou de boneca estava se preparando pra ser mãe.
Mãe de uma menina incrível que me derrete mais a cada dia e me faz pensar: “Eu nasci pra ser mãe DELA”! 

*Por Flávia C

terça-feira, 24 de março de 2015

Cada coisa a seu tempo


Como uma boa ariana, eu sempre fui controladora. Me programei pra quase tudo na vida. Me casei e pensava em ter filhos mais pra frente. Quando fiquei grávida, não estava planejado, mas a notícia foi muito bem recebida, apesar de inesperada. Durante os meses de espera, programei como gostaria que as coisas acontecessem. Tudo cronometrado, eu só tinha esquecido que estava lidando com outra vida, um pequeno ser que já nasceria com vontade própria.

Eu já tinha tudo planejado. Amamentaria 3 meses (nem sequer lavei as mamadeiras que comprei. Não tinha leite artificial em casa). Depois, apresentaria meu filho ao mundo dos bicos de silicone e voltaria a trabalhar feliz e contente quando encontraria uma boa escola que ficaria responsável pelos seus cuidados no período em que eu estivesse enfiada no mundo corporativo.

O início da amamentação foi terrível (mas vou deixar essa história pra outra hora), mas após três meses de amamentação exclusiva chegava o momento de colocar em prática o primeiro plano que tinha para as nossas vidas. O banho de água fria veio quando o meu pequeno simplesmente se negou a aceitar a mamadeira... quer dizer, as mamadeiras. Comprei absolutamente TODOS os bicos disponíveis no mercado. Ele não aceitou nenhum deles. Ele queria estar comigo, queria o meu leite. Sofri alguns dias sem entender porque ele ‘fazia isso comigo’ e depois comecei a perceber que, mesmo fugindo de tudo que EU havia planejado, ELE tinha outra programação pra nós.

Decidi esperar alguns dias e parar de insistir nas milhares de mamadeiras e leites diferentes que havia comprado. Lá estava eu, amamentando a cada 3 horas. Era a primeira lição que ele me ensinava: “Mamãe, paciência!”

Comecei então a pensar na escola... aliás, tentava pensar no assunto. Mas meu coração não deixava. Cada segundo que imaginava meu filho sendo entregue a um desconhecido, meu coração se dilacerava.  Aquele tal ‘amor de mãe’ tinha aflorado em mim de uma forma completamente inesperada. Era a segunda lição que meu filho me ensinava: “Mamãe, você vai me amar mais que qualquer plano que tenha feito”.

Acabei solucionando com uma tia que estava ‘louca’ pra ficar com ele. Mas ainda tinha a questão da mamadeira. Por mais que eu insistisse, ele fazia um escândalo cada vez maior a cada tentativa. Fechei meus ouvidos pros comentários da sogra que dizia que ele não dormia a noite porque estava viciado no peito (ele mamava a cada três horas mesmo com 4 meses), respirei fundo e encarei esse desafio. Eu já estava convencida, amamentaria até os 6 meses, afinal, eu tinha que me programar né. Para minha surpresa, aos cinco meses ele não quis mais. Ele recusou o peito. Ele desmamou sozinho. Quem ficou no vazio fui eu. Acho que entendi o que ele sentiu quando eu quis introduzir a mamadeira a qualquer custo. E aí aprendi minha terceira lição, uma que pretendo levar durante toda a criação do meu pequeno: “Mamãe, por favor, espere a minha hora”.


Hoje, meu pequenos tem 1 ano e 8 meses e quando alguém me pergunta quando vou desfraldá-lo ou colocá-lo pra dormir na sua cama (eu confesso, ele ainda dorme no meu quarto) eu apenas respondo: “Quando ele me der o sinal de que está pronto”.

*Por Carlinha M.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Ser mãe é...


E um positivo foi o resultado!

O que você pensava que seria a maternidade quando se viu com um teste positivo na mão?
Eu não sei você, mas eu me desesperei e MUITO!

Não que eu não quisesse um bebê, ou que a gravidez fosse indesejada. Mas, não me sentia preparada pra ser mãe naquele momento. Sou filha única, sempre me senti muito filha, e pensava que a vida iria me preparar pra me sentir mãe e quando isso acontecesse eu ficaria grávida. Mas, não! Aprendi que nunca estaremos prontas antes de realmente SERMOS mães...

Mães de verdade não são como as propagandas da TV mostram. Alguém que não sente apego material às suas coisas quando quebram, ou que não se desesperam ao ver seu filho fazer um escândalo por causa de alguma coisa no mercado, ou mesmo consegue manter-se calma perante uma crise noturna de choro.
Ser mãe é definitivamente ir além! Em TODOS os sentidos.

Lembro-me com saudade da minha barriga de grávida que incomodava pra dormir, pesava pra ficar de pé, atrapalhava o banho, comprimia meus pulmões e mal me deixava respirar... Que alívio eu senti quando finalmente o bebê saiu e eu respirei como se fosse à primeira vez, beeem fundo!

Ainda sobre a gravidez, o que eram aqueles enjoos que eu sentia? Tive “Hiperêmese Gravídica”, não podia nem beber água que vomitava! Passei 3 meses à base de picolé de frutas. Era o único jeito de me manter hidratada sem me alimentar e graças a Deus por isso, não precisei ser internada. Sofri preconceito no trabalho e até precisei me afastar.
Infelizmente é uma complicação comum, embora desconhecida pelas pessoas que simplesmente tendem a achar que é apenas frescura de grávida.

Atento às leitoras grávidas que os enjoos são naturais por causa das mudanças hormonais. Mas, quando eles vêm acompanhados de vômitos em demasia, isso foge o normal e passa a ser uma complicação da gravidez que deve ser acompanhada por um médico. Em certos casos a mãe começa a perder eletrólitos e esse desequilíbrio pode vir acompanhado de desidratação o que pode acarretar outras complicações inclusive para o bebê. Assim, é recomendada a internação da gestante, para faça um jejum absoluto, acompanhado de soro e medicação via venosa que é a mesma usada para combater as náuseas da quimioterapia. Então, é bom se atentar e conversar com o médico que faz os acompanhamentos de pré-natal.

Ser mãe é sentir apego à cria e ficar enfurecida com aquela pessoa sem noção que teima chegar perto do bebê usando um perfume forte. É arranjar confusão com quem se aproxima para além de olhar, querer cuidar. É forçar amizade com quem adora dar um palpite.

Uma coisa eu aprendi sendo mãe, que não existe uma regra quando o assunto é cuidar. Cada uma tem seu jeito e este é o mais certo para o seu filho. Eu mesma, nunca consegui dar banho na banheira. Comprei daquelas grandes e troquei por ofurô (baldinho). Mas, me dei bem mesmo, com o bom e velho banho de chuveiro! Aconchegava-a nos meus braços e a fazia relaxar com a água bem quentinha.

A pressão da água do chuveiro, em contato com a barriguinha dela, fazia algum tipo de massagem que afastou as temidas cólicas, e isso foi muito bom!
Aprendi também que não existem regras de amamentação. A única exigência é não exigir e nem forçar. Tudo tem de fluir, respeitando o seu tempo e principalmente o tempo do bebê. Com calma e sem ansiedade o leite desce e o bebê aprende a sugar da maneira correta.

Ser mãe é saber a diferença de um lenço umedecido, de uma toalha umedecida, é saber qual o lado certo de colocar a fralda. É saber diferenciar os cheiros de um cocô duro, de um mole sem olhar a fralda. É saber pra que serve o recorte diferenciado dos bodies infantis, que permitem a mãe retirá-lo do corpo por cima ou por baixo. É saber ao certo pra que serve e se serve uma mamadeira com válvula anti-cólicas, se vai compensar investir numa de vidro ao invés de uma de plástico e principalmente que os bicos embora “iguais”, tem diferenças entre si. Ser mãe é saber tudo isso, e não saber também te faz mãe!

Ser mãe é reconhecer a moça do lado como mãe, só em analisar o comportamento: mãe de primeira viagem é toda cuidadosa. Mãe de segundinho já é mais “descolada”, e a mãe de muitos se passa muitas vezes por descuidada! Mas, não se engane, mãe que é mãe não julga, entende!

Ser mãe é sofrer calada na volta da licença maternidade, é se sentir “entre a cruz e a espada” quando pinta uma febre noturna, tendo uma reunião importantíssima do trabalho no dia seguinte bem cedo. É ficar em dúvida entre qual a melhor escola, ou mesmo qual a babá mais capacitada. É se abdicar de todos os luxos possíveis e imagináveis para não abrir mão de ficar em casa para cuidar da cria, estar presente em todos os momentos importantes como a primeira palavra, o primeiro dente, o primeiro tombo e os primeiros passos. É sentir-se culpada por abandonar sua carreira para se dedicar à culinária saudável, sem levar o menor jeito com as panelas ou mesmo mudar drasticamente a carreira de engenheira civil para artesã de lembrancinhas de festa.

Ser mãe é se negar em favor do filho. É aprender a desapegar-se daquela boneca linda que guardou para quando enfim tivesse uma filha, e na primeira vez que a vê, ao invés de brincar, simplesmente resolve afundar os olhos da pobre boneca e apelida-la de “Chuck” (O Boneco Assassino).

Ser mãe é dar a maior e melhor TV da sua casa para o filho assistir o desenho favorito, e no dia do último capítulo da novela quando resolve trocar de canal, volta rapidamente ao desenho, só porque não aguenta vê-lo abrir o berreiro até perder o fôlego, e deixa pra lá a novela, senta no sofá e assiste o tal desenho pela vez 1001...

Ser mãe é tomar banho cantarolando as musicas dos desenhos que o filho gosta, eu mesma me peguei cantando em alto e bom som: “Hora do Check-Up, Hora do Check-Up! Eu vou examinar orelhinhas, olhos e se cresceeeeuuu”... (Doutora Brinquedos da Disney)
Ou se ver assistindo “sem querer” a Peppa, sozinha em casa. Sentir o cheirinho das roupas do bebê e chorar... De AMOR! É tanto amor que dói!
Ser mãe é isso... É isso tudo e muito mais.

O fundamento de ser mãe é amar tanto o filho, a ponto de passar por cima dos “percalços” da maternidade e ainda assim dizer que ser mãe é a melhor experiência da vida de uma mulher.

É assim que me sinto, e você? Conta pra gente! Escreva o que achou nos comentários, curta e compartilhe nosso blog, feito para as mães de verdade que sabem que a maternidade tem muitas coisas que vão “Muito além das fraldas”!

*Por Bruna C.M.

O que está além das fraldas?

O mundo moderno nos trouxe as maravilhas dos grupos de mães.
Enquanto algumas se entregam ao Mommy Wars (hehe) um grupo de mães bacanudas se junta para falar sobre o que mais gostam: TUDO.
Aqui vai ter assunto de maternidade? Claro que vai!
Mas também vai ter além.
Somos cerca de 20 mães trazendo para vocês uma porção de informação, dicas, experiências e sentimentos!
Sejam bem vind@s!!