segunda-feira, 23 de março de 2015

Ser mãe é...


E um positivo foi o resultado!

O que você pensava que seria a maternidade quando se viu com um teste positivo na mão?
Eu não sei você, mas eu me desesperei e MUITO!

Não que eu não quisesse um bebê, ou que a gravidez fosse indesejada. Mas, não me sentia preparada pra ser mãe naquele momento. Sou filha única, sempre me senti muito filha, e pensava que a vida iria me preparar pra me sentir mãe e quando isso acontecesse eu ficaria grávida. Mas, não! Aprendi que nunca estaremos prontas antes de realmente SERMOS mães...

Mães de verdade não são como as propagandas da TV mostram. Alguém que não sente apego material às suas coisas quando quebram, ou que não se desesperam ao ver seu filho fazer um escândalo por causa de alguma coisa no mercado, ou mesmo consegue manter-se calma perante uma crise noturna de choro.
Ser mãe é definitivamente ir além! Em TODOS os sentidos.

Lembro-me com saudade da minha barriga de grávida que incomodava pra dormir, pesava pra ficar de pé, atrapalhava o banho, comprimia meus pulmões e mal me deixava respirar... Que alívio eu senti quando finalmente o bebê saiu e eu respirei como se fosse à primeira vez, beeem fundo!

Ainda sobre a gravidez, o que eram aqueles enjoos que eu sentia? Tive “Hiperêmese Gravídica”, não podia nem beber água que vomitava! Passei 3 meses à base de picolé de frutas. Era o único jeito de me manter hidratada sem me alimentar e graças a Deus por isso, não precisei ser internada. Sofri preconceito no trabalho e até precisei me afastar.
Infelizmente é uma complicação comum, embora desconhecida pelas pessoas que simplesmente tendem a achar que é apenas frescura de grávida.

Atento às leitoras grávidas que os enjoos são naturais por causa das mudanças hormonais. Mas, quando eles vêm acompanhados de vômitos em demasia, isso foge o normal e passa a ser uma complicação da gravidez que deve ser acompanhada por um médico. Em certos casos a mãe começa a perder eletrólitos e esse desequilíbrio pode vir acompanhado de desidratação o que pode acarretar outras complicações inclusive para o bebê. Assim, é recomendada a internação da gestante, para faça um jejum absoluto, acompanhado de soro e medicação via venosa que é a mesma usada para combater as náuseas da quimioterapia. Então, é bom se atentar e conversar com o médico que faz os acompanhamentos de pré-natal.

Ser mãe é sentir apego à cria e ficar enfurecida com aquela pessoa sem noção que teima chegar perto do bebê usando um perfume forte. É arranjar confusão com quem se aproxima para além de olhar, querer cuidar. É forçar amizade com quem adora dar um palpite.

Uma coisa eu aprendi sendo mãe, que não existe uma regra quando o assunto é cuidar. Cada uma tem seu jeito e este é o mais certo para o seu filho. Eu mesma, nunca consegui dar banho na banheira. Comprei daquelas grandes e troquei por ofurô (baldinho). Mas, me dei bem mesmo, com o bom e velho banho de chuveiro! Aconchegava-a nos meus braços e a fazia relaxar com a água bem quentinha.

A pressão da água do chuveiro, em contato com a barriguinha dela, fazia algum tipo de massagem que afastou as temidas cólicas, e isso foi muito bom!
Aprendi também que não existem regras de amamentação. A única exigência é não exigir e nem forçar. Tudo tem de fluir, respeitando o seu tempo e principalmente o tempo do bebê. Com calma e sem ansiedade o leite desce e o bebê aprende a sugar da maneira correta.

Ser mãe é saber a diferença de um lenço umedecido, de uma toalha umedecida, é saber qual o lado certo de colocar a fralda. É saber diferenciar os cheiros de um cocô duro, de um mole sem olhar a fralda. É saber pra que serve o recorte diferenciado dos bodies infantis, que permitem a mãe retirá-lo do corpo por cima ou por baixo. É saber ao certo pra que serve e se serve uma mamadeira com válvula anti-cólicas, se vai compensar investir numa de vidro ao invés de uma de plástico e principalmente que os bicos embora “iguais”, tem diferenças entre si. Ser mãe é saber tudo isso, e não saber também te faz mãe!

Ser mãe é reconhecer a moça do lado como mãe, só em analisar o comportamento: mãe de primeira viagem é toda cuidadosa. Mãe de segundinho já é mais “descolada”, e a mãe de muitos se passa muitas vezes por descuidada! Mas, não se engane, mãe que é mãe não julga, entende!

Ser mãe é sofrer calada na volta da licença maternidade, é se sentir “entre a cruz e a espada” quando pinta uma febre noturna, tendo uma reunião importantíssima do trabalho no dia seguinte bem cedo. É ficar em dúvida entre qual a melhor escola, ou mesmo qual a babá mais capacitada. É se abdicar de todos os luxos possíveis e imagináveis para não abrir mão de ficar em casa para cuidar da cria, estar presente em todos os momentos importantes como a primeira palavra, o primeiro dente, o primeiro tombo e os primeiros passos. É sentir-se culpada por abandonar sua carreira para se dedicar à culinária saudável, sem levar o menor jeito com as panelas ou mesmo mudar drasticamente a carreira de engenheira civil para artesã de lembrancinhas de festa.

Ser mãe é se negar em favor do filho. É aprender a desapegar-se daquela boneca linda que guardou para quando enfim tivesse uma filha, e na primeira vez que a vê, ao invés de brincar, simplesmente resolve afundar os olhos da pobre boneca e apelida-la de “Chuck” (O Boneco Assassino).

Ser mãe é dar a maior e melhor TV da sua casa para o filho assistir o desenho favorito, e no dia do último capítulo da novela quando resolve trocar de canal, volta rapidamente ao desenho, só porque não aguenta vê-lo abrir o berreiro até perder o fôlego, e deixa pra lá a novela, senta no sofá e assiste o tal desenho pela vez 1001...

Ser mãe é tomar banho cantarolando as musicas dos desenhos que o filho gosta, eu mesma me peguei cantando em alto e bom som: “Hora do Check-Up, Hora do Check-Up! Eu vou examinar orelhinhas, olhos e se cresceeeeuuu”... (Doutora Brinquedos da Disney)
Ou se ver assistindo “sem querer” a Peppa, sozinha em casa. Sentir o cheirinho das roupas do bebê e chorar... De AMOR! É tanto amor que dói!
Ser mãe é isso... É isso tudo e muito mais.

O fundamento de ser mãe é amar tanto o filho, a ponto de passar por cima dos “percalços” da maternidade e ainda assim dizer que ser mãe é a melhor experiência da vida de uma mulher.

É assim que me sinto, e você? Conta pra gente! Escreva o que achou nos comentários, curta e compartilhe nosso blog, feito para as mães de verdade que sabem que a maternidade tem muitas coisas que vão “Muito além das fraldas”!

*Por Bruna C.M.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caraça chorei! Ser mae é td isso e mais um pouco. Chorei só de lembrar o cheirinho da roupa dela, hj especialmente depois de vê-la chorar tanto de cólicas.. Ai se eu pudesse tirar do mundo td que faz mal pra ela.