quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Festa do Pijama com Caça ao Tesouro, Cabaninhas e Minecraft.

“Mãe, quero uma festa surpresa!” Que delícia mesmo seria uma festa surpresa! Gostei da ideia. “Mas tem que ser do Pijama!” Tudo bem... fazia tempo que estava “devendo” uma farra noturna com a criançada. “Ah, e pode ser do MineCraft?” Putz, do Minecraft...o quê que é isso? 

Passado a mistureba de desejos infantis, aparentemente simples, comecei euzinha a organizar a festa. Estava empolgada. Uma comemoração só para os pequenos! Achei uma ótima ideia, algo mais simples, intimista e – veja bem – mais econômico.

Se a minha mãe conseguia colocar a mão na massa e fazer tudo do nosso aniversário quando éramos pequenos, eu conseguiria também. Me veio então na memória as nossas festas, na época que ainda soprávamos língua de sogra e colocávamos chapeuzinho na hora do parabéns. Coisa louca de boa, quando só a presença dos amiguinhos já era suficiente para fazer qualquer criança feliz. Isso me fez pegar rapidamente o lápis e rabiscar a palavra “brincar” no papel. Sim, o mais importante era ser divertido.


Fiz a lista de 12 amiguinhos e reservei o salão do prédio para caber todo o nosso acampamento. Sim, logo descobri quem era Steve e Creeper, e encomendei as cabaninhas temáticas inspiradas nos personagens do MineCraft, jogo de vídeo-game que é febre nessa faixa etária.

Acampamento da Sabrina

Dormir fora de casa já era uma aventura e tanto e – a cada aceite de convite – já sentia as crianças alvoroçadas. Mas, e como entreter (e conter) 12 crianças de 7 a 8 anos – no auge da energia e empolgação? Sentei, pesquisei e planejei uma Caça ao Tesouro cheia de desafios! Sim, porque tinha que divertir até cansar! Afinal, a mamãe aqui ainda sonhava que dormissem cedo.

E não é que deu certo? A criançada pirou nas brincadeiras da “minha infância”! E me deu um orgulho danado de conseguir mostrar para elas como podia ser bacana uma festinha caseira, à moda antiga. Teve Corrida de ovo na colher, Dança da maça, Competição de estourar a bexiga e muitos Quebra-cucas! Todas as brincadeiras entraram no plano como desafios da nossa Caça ao Tesouro!

Desafios para conquistar as pistas:


Corrida do Ovo na Colher





Dança da Maçã (com bola de Tênis)



 



 Competição para estourar bexiga presa na cintura





Pistas com Quebra Cucas





Tudo para encontrar o Tesouro!






E olha que, para minha surpresa, nenhuma criança ali tinha brincado (nunca) de nada disso! E muitas não tinham ainda experimentado dormir fora, nem em festinhas de pijama, nem em acampamentos. Dormir no salão de festas então era um “debut” geral (inclusive para mim).


Hora de Dormir!





Deu frio na barriga, e certa hora - confesso - bem quando as almofadas da decoração voavam pelo salão, durante animada guerra de travesseiros, bateu certo desespero: "Quem foi o louco que teve essa ideia?” 

"Mas, certa loucura na vida também faz parte", me respondeu uma amiga. Então, se você tiver a fim de planejar algo bem divertido #ficaadica de plano de Festa do Pijama com Caça ao Tesouro, cujo principal desafio de todos é brincar – até cansar - como antigamente!

Acesse aqui o PLANO DA CAÇA AO TESOURO!!!

Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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Plano Completo de Caça ao Tesouro com brincadeiras

PLANO DETALHADO CAÇA AO TESOURO COM BRINCADEIRAS



PISTA QUEBRA CABEÇA - MODELO


PISTAS PARA RECORTAR PARA AS CRIANÇAS



Para ver a matéria sobre Caça ao Tesouro, clique aqui! 
Se alguém quiser o plano e pistas em Excel é só mandar uma mensagem para o Blog com o e-mail para envio!

domingo, 20 de novembro de 2016

24h sem as crianças!

Saímos para comemorar 10 anos de casamento esse mês. A proposta foi passar 24h em um hotel classudo de Sampa e desfrutar de pequenos prazeres a dois, sem as crianças!

Pesquisamos bastante e preferimos ficar em um hotel na cidade mesmo para fugir do transito e curtir o que São Paulo tem de melhor. Fechamos um pacote cultural que incluía estadia, jantar e ingressos para teatro. Huhuhu palmas para o marido que encontrou essa opção super bacana para gente.


Chegando no hotel, fiz cara de fina e deixei o doorman abrir a porta do carro... quando abriu, caiu logo uma chupeta no chão e tive que cair na risada. A gente até tenta fingir que é “casal sem filhos em noite romântica” mas é uma missão difícil para iniciantes na arte de ter um “tempinho só para nós dois”. Peguei a chupeta, coloquei na bolsa e segui para fazer o check-in. 


Foto das flores no hall

Ficamos os dois de pé, fazendo uma leitura do ambiente e esperando a moça confirmar um upgrade de quarto. Conseguimos ficar no andar executivo, em um quarto enorme com uma vista incrível da cidade. Deitei imediatamente naquela cama branquinha e macia, me aconcheguei bem gostoso e lembrei que não tirava uma soneca à tarde desde que os gêmeos nasceram... 

Primeiro prazer do dia: descansar a tarde por pelo menos 30 minutos.

Depois, enchi a banheira, liguei a hidromassagem e joguei todos os tubinhos de espuma e sais disponíveis na á agua bem quentinha. Gente como é bom tomar um banho relaxante. É realmente demais. Nesse minuto, imaginei como seria a festa na banheira se as crianças estivessem alí. Ia até ser divertido... mas logo fechei os olhos para acalmar a mente.

Segundo prazer do dia: um banho bem quente e bem demorado.

Enquanto isso, marido resolveu trocar o ócio pela academia. A hora passou rápido e logo estávamos prontos para um esquenta no happy hour do Club Lounge, um local exclusivo, com comidinhas e bebidinhas free. Do 23 andar, na região da Av. Paulista, a vista era ainda mais arrasadora. O papo corria solto em várias línguas, regado à champagne, cerveja, caipirinha, e aperitivos à vontade. Casais, executivos e famílias completas logo encheram o salão. O mais difícil nesse ponto foi controlar a gula. 

Terceiro prazer do dia: um bom papo, só nós dois.

Olha aí a caipirinha (maravilhosa).

Uma hora depois, já estávamos prontos para a segunda experiência gourmet da noite, o jantar romântico. A surpresa mais charmosa da noite foi essa plaquinha de boas-vindas, na nossa mesa. Tirei foto e compartilho com vocês porque tenho certeza que vão concordar comigo. Um mimo!

Placa de boas-vindas no jantar

Não tirei fotos das comidinhas porque estávamos muito ocupados curtindo o encontro! Mas, posso garantir que estava tudo delicioso. Só a sobremesa, confesso, tive que negar simplesmente porque já estava muito mais que satisfeita. 

Quarto prazer do dia: comer sem pressa

Em seguida, fomos assistir a comédia Selfie no teatro e demos muita, muita risada. Um megassucesso com Matheus Solano e Miguel Tiré para se divertir, para refletir, para indicar para todo mundo ir. 

Quinto prazer do dia: rir até doer a barriga

Meia- noite, voltamos para o quarto para o sexto (mas não último) prazer do dia: dormir uma noite, inteirinha. 


Sexto prazer do dia: dormir uma noite inteira

Uhau, 6 desejos realizados com sucesso em um só dia. Melhor que isso, só no próximo aniversário de casamento, pensei. Mas, a verdade, é que a gente já estava mesmo é com uma baita saudade dos pequenos. Voltar para casa e ser recebido por bracinhos aflitos já era mais que urgente. 

Cinthia Fontoura

Mãe de 3

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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Não tinha mais medo do câncer, tinha medo dele roubar meu sonho de engravidar

Não sei se porque já faz tanto tempo, não sei se porque tanta coisa boa já aconteceu depois, não sei se porque nesses vinte anos essa doença se tornou 'corriqueira', enfim, não sei por que mecanismo aconteceu, mas o fato é que há muito tempo não pensava no meu câncer. E pensar nele para escrever esse depoimento para o outubro rosa trouxe um misto de sensações difícil de desembaraçar e colocar no papel... porque a intenção é que seja um alerta e, portanto, tenha alguma informação, mas o difícil é conseguir ser objetiva quando tantos sentimentos fizeram e fazem parte dessa história. Medo, dor, raiva, negação, persistência, superação... bóra tentar.

Aos 27 anos, eu achava que conhecia bem o câncer. Já tinha visto ou ficado sabendo de algumas pessoas enfrentando o desgraçado e, particularmente, assistia uma das pessoas que mais amei na vida começando a sucumbir a ele depois de 11 anos de luta - que continuaria por pouco mais de um ano. Foi um ano terrível aquele 96. Começou com a perda de um sobrinho nascido prematuro, a crise e posterior morte de um primo irmão querido, e o início do sofrimento de quase duas décadas da minha sogra depois de um aneurisma cerebral rompido.

No meio disso tudo, um caroço na mama esquerda, detectado num auto exame que eu, com antecedente familiar relevante, fazia desde sempre. Meu ginecologista na época me tranquilizou: "Ah, vocês mocinhas querem ter peito durinho mas não querem ter displasia, isso não é nada!". E sinceramente não achei que fosse nada. Era muita coisa ruim acontecendo, nem me passou nada ruim pela cabeça.



Por sorte, eu estava para completar 2 anos de casada e começava a pensar em gravidez. Então o mesmo médico concluiu que a retirada cirúrgica era o melhor a fazer, pois tratar com medicamentos seria mais demorado. Pediu que eu fizesse um ultrassom das mama, como este não acusou nada, marcou uma pequena cirurgia para retirada do nódulo.

ERRO NÚMERO UM: Nunca, jamais se deve pensar em tratamento de um nódulo nas mamas antes de uma mamografia. Básico, mas ainda ignorado por muitas mulheres e, no meu caso, pelo próprio médico, que não teve a humildade de me encaminhar a um mastologista, esse sim profissional capacitado para lidar com a questão.

Cirurgia feita sem complicações, alta no mesmo dia, tudo ok, visita ao consultório marcada para uma semana depois para retirada dos pontos...só que tinha um câncer no meio do caminho. O resultado da biópsia - obrigatória em qualquer nódulo retirado - dois dias depois, mostrava um carcinoma colóide. "Prazer"em conhecer, Paula.

Aqui apareceu junto o ERRO NÚMERO DOIS, que foi a retirada do nódulo sem a presença de um patologista que fizesse a biópsia durante o procedimento (caso o câncer houvesse sido detectado na hora não teria sido necessária uma segunda cirurgia às pressas) pois...

ERRO NÚMERO TRÊS, a retirada de um câncer, sem deixar margem de segurança e com presença de sangramento e secreções comuns a um procedimento cirúrgico aumenta bastante a chance das células malignas se espalharem pelo organismo.

Na ligação telefônica que fez para minha mãe, o médico pintou o pior dos panoramas. Disse que o câncer não dava uma segunda chance de cura, que eu precisava operar imediatamente e fazer uma mastectomia total, sem possibilidade de reconstituição da mama em menos de 5 anos, que faria radioterapia, quimioterapia, que o tumor que eu tinha era extremamente agressivo, enfim, praticamente me assinou um atestado de óbito. Desespero total.

Felizmente minha mãe teve a calma necessária para ligar para um primo médico e pedir orientação. Lindo e brilhante profissional que é, ele nos disse que não era a especialidade dele, mas pelo que ele sabia desse tipo de tumor a coisa não era tão feia quanto descrita pelo GO, que nesse tipo de tumor nem se usava quimioterapia e outras informações mas que, antes de tudo, eu tinha que consultar um especialista, um mastologista.

Consultamos. Felizmente, ele rasgou o atestado de óbito que o outro tinha assinado. Pediu uma nova biópsia, mais detalhada. Disse que eu ficasse tranquila porque, dentro do 'ruim' que era o fato de ser um câncer, eu tinha tudo de bom: o tumor não era de forma alguma dos mais agressivos, a localização era das melhores para retirada cirúrgica (quadrante supero-lateral), o tumor era bem limitado, se não me engano o termo era 'encapsulado', o que diminuía a área de segurança a ser retirada, enfim, me deu uma luz.

O tratamento, além da quadrantectomia (retirada do quadrante afetado da mama) incluía radioterapia, mas excluía a temida quimioterapia. Na mesma cirurgia, um cirurgião plástico já fez a redução da outra mama, algo bem distante do panorama de ficar sem uma mama e sem perspectiva de reconstituição que tinha sido apresentado pelo GO. Junte isso a não ter que perder os cabelos e imagine o alívio para uma menina de 27 anos e recém casada... pode parecer fútil, mas juro que não é. É impressionante como se agarrar às coisas boas, por mais banais que elas sejam, ajuda.

Foi fácil? Não. O pós cirúrgico foi bem chato, aqueles drenos foram um pesadelo (e olha que tem gente que faz por estética...risos). A radioterapia foi terrível. As queimaduras foram suportáveis, mas a sensação naquela sala de espera, semana após semana, era de morte. Aquele subsolo, aquelas dezenas de placas de sinalização com aquela caveira e outras dezenas com o símbolo de radioatividade me perseguem até hoje.

Por outro lado, vi tantos casos tristes passarem por ali que de certa forma me fortaleci para enfrentar o resto. Foram mais dois anos de tamoxifeno, minha "quimio light" e meu pesadelo. Eu queria ser mãe, ora essa, como podia ter que tomar aquele veneno? Me lembrava das crianças que conhecera naquela sala de espera e rezava...rezava por elas, e para que meu sacrifício pudesse livrar meus filhos desse horror.

Ah, a maternidade...sonho e projeto que me manteve em pé durante aquilo tudo. Porque o GO, aquele lá do começo, tinha dito que "eu esquecesse de ter filhos", e ali sim eu quis morrer. E quando ouvi do mastologista que não, que eu era muito jovem e que se quisesse teria sim filhos depois do tratamento, renasci. Trato feito com o Papai do céu: levar aquela prova até o fim e da melhor maneira, para ter meus bebês saudáveis depois.Trato feito, trato cumprido. 

Dois anos depois do câncer, dois anos depois da radio e dois anos tomando o tamoxifeno, ouvi do meu médico (novo GO, que acompanhou e deu prosseguimento ao meu tratamento) que ele tinha reunido uma junta médica para discutir meu caso e que, na conclusão, ele me liberava para tentar a gravidez, pois tinha mais medo que eu arrumasse outro câncer se ele não liberasse...rs... essa última fala dele foi brincando, mas acho que passa a ideia do que foram aqueles dois anos, de qual era a minha preocupação. Não tinha mais medo do câncer, só tinha medo dele roubar meu sonho.

Muitos médicos com quem conversei depois ficaram chocados, disseram que foi uma 'temeridade', um risco muito grande. Discordo. Meu trato estava feito e não tinha volta... parei o tamoxifeno em agosto, em outubro estava grávida.

Vinte anos se passaram. Hoje tenho 47, uma filha linda de 17 e outra filha linda de 10 anos, minha raspinha do tacho. Parando para pensar em tudo isso, às vezes tenho a impressão de que foi em outra vida, com outra pessoa. Tanta informação básica que eu não tinha, tanto sofrimento desnecessário... o que tenho a dizer é: meninas, se cuidem, se toquem, se conheçam. SE INFORMEM SEMPRE E MUITO! Se notarem algo estranho como caroços, vermelhidão, secreção nas mamas, procurem um mastologista. Perguntem. Mas perguntem muito. Estão satisfeitas, confiaram? Ok. Não? Procurem outro médico, e outro, e outro se for preciso.

E se o câncer aparecer, tenham força e fé de que podem vencê-lo, por mais duro e difícil que seja. A gente só não pode é se entregar. De resto, tenho também a certeza de que até os erros foram para o melhor: imagina se aquele médico lá do começo tivesse tido um patologista no centro cirúrgico? Eu ia ter entrado em cirurgia para retirar uma displasia e teria acordado com câncer, sem a mama e sei lá mais o que. Que bom que ele errou! Que bom que eu acreditei que ia dar tudo certo.

Paula Pacheco
Mãe de duas filhas, pós tratamento de câncer.

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domingo, 30 de outubro de 2016

Hoje tem Pizza Sem Gluten! Tem sim senhor!

Para a Doença Celíaca existe um único tratamento: uma dieta rigorosa, na qual são retirados todos os alimentos e preparações que contenham o glúten.

A criança ou adulto que tem a doença celíaca não poderá consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados (farinha de trigo, pão, farinha de rosca, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos e outros), mas isso não quer dizer que não vai 
mais poder comer coisas gostosas!

Que tal ir agora para a cozinha com a criançada e fazer uma deliciosa Pizza sem glúten para toda a família?





Massa de pizza sem glúten

Ingredientes:
3 ovos
1 xícara (chá) de leite
½ xícara (chá) de óleo
1 xícara (chá) de creme de arroz
1 colher (sopa) de maisena
1 colher (sopa) rasa de sal
1 colher (sopa) de fermento em pó

Preparo:
- Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma massa bem líquida.
- Divida a quantidade para duas pizzas, em duas formas untadas.
- O recheio deve ser colocado por cima da massa mole.
- Recheie como preferir (gosto de molho de tomate, mussarela e orégano)
- Asse em forno pré-aquecido.

Hum, vai ficar uma delícia!


Ah, e lembre-se: nunca oferece alimentos às crianças sem consentimento dos seus pais. Muitas crianças tem restrições alimentares e devemos cuidar da sua saúde ;-)


Bom apetite!

Manoela Sena
Chef na Porções de Amor Papinhas
www.porcoesdeamor.com.br
Facebook.com/porcoesdeamorpapinhas

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Mas, afinal, você sabe o que é doença celíaca?

É uma doença autoimune, que afeta o intestino delgado, interferindo diretamente na absorção de nutrientes essenciais ao organismo, como por exemplo, o carboidrato, gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais. Caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten em pessoas geneticamente predispostas. O único tratamento é a dieta isenta de glúten por toda a vida.

O que acontece caso uma pessoa com doença celíaca consuma alimentos com glúten ou com traços dele?

Vai provocar uma reação imunológica no intestino delgado, uma inflamação crônica que impede a absorção dos nutrientes.

A doença celíaca pode se manifestar em crianças, adultos e idosos. Estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. Na última década aumentou no Brasil a consciência sobre a doença celíaca. Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria dessas pessoas ainda está sem diagnóstico.


Para saber mais sobre a doença acesse

sábado, 1 de outubro de 2016

Minha mãe bipolar e suas escolhas imprevisíveis

Até hoje, quando penso na minha mãe, junto com todas as lembranças, vem um sentimento de culpa por não ter feito algo além para salvá-la disso. Fato é que, no último ano, eu e minhas irmãs discutíamos frequentemente para ver quem iria visitá-la na clínica de cuidados psiquiátricos. Era triste, era distante e sempre tínhamos outros compromissos familiares e sociais muito mais interessantes para o final de semana.

Mas, a verdade é que estivemos distantes por toda uma vida. Ainda casada com o meu pai, vivíamos em um ambiente conturbado pelas brigas constantes e algumas, inclusive, com a presença de polícia para apaziguar os ânimos. A impressão é que ela fazia de tudo para infernizá-lo, creio que como forma de dar o troco por algum mal comportamento dele. Era nítido seu descontrole. Lembro ter muito medo dela.



Certa vez, brincando com a minha irmã mais nova no balanço, tive a ideia de passar por baixo enquanto o brinquedo estava no alto, eu caí e o balanço veio direto meu rosto. Tive que mentir para ela porque tinha medo de apanhar mesmo com o rosto inchado e sangrando. Suas reações eram imprevisíveis.

Quando eu tinha 5 anos eles se separaram. Após a separação, os sinais de que algo estava errado foram se agravando. Veio o descontrole financeiro, ela perdeu o apartamento que comprou com partilha de bens e, em seguida, perdeu o emprego já não conseguindo mais arcar com as dívidas do cartão de crédito.

O descontrole emocional também se acentuou. Passou por um segundo casamento frustrado, e – recordo agora - namorou um cara que, certo dia, encontramos deitado, bêbado, na frente da entrada do nosso prédio. Depois, foi morar no interior, numa casa que tenho ótimas lembranças... mas a fase boa durou pouco e logo vieram novas crises. Sentíamos que ela não estava mesmo feliz, talvez porque ainda estivesse presa ao passado.

Então, quando eu tinha 9 anos, ela foi embora para a Espanha em busca de um recomeço de vida - sem a gente. Durante quase 30 anos vivendo na Europa, recebíamos cartas quase toda semana e, às vezes, uma caixa com presentes. Ficávamos felizes com as novidades. Esta era a forma que ela encontrava para compensar o fato de ter nos deixado com a sua mãe, que tinha poucos recursos e se esforçava muito para conseguir criar sozinha três meninas de 6, 9 e 12 anos num apartamento alugado num bairro simples da zona norte de SP.

Porém, de tempos em tempos, ela tinha suas crises e era notório, mesmo com a distância, que isto acontecia, pois o sentimento de culpa se refletia em inúmeras chamadas telefônicas que recebíamos, mesmo sabendo que era muito caro fazer uma ligação internacional.

Nestes altos e baixos, minha mãe retornou da Espanha por duas vezes pela Cruz Vermelha, através do consulado do Brasil. Em uma dessas vezes, eles a pegaram nas ruas. Ela chegou sem nada, somente com a roupa do corpo (que dava para ver que não era dela) porque havia perdido tudo mais uma vez. Sua aparência era péssima, aparentava pelo menos uns 20 anos a mais.

Por sorte, tínhamos as primas dela que ajudavam. Uma delas conseguiu vaga em uma clínica municipal e, com isto, ela passou a receber os cuidados especiais que precisava. Foram meses e meses de tratamento, consultas, doses de remédios controlados até que tivemos que assinar um termo consentindo o tratamento de eletrochoque para tentar reanima-la. Fomos convencidos pelos médicos que esta era a melhor solução, e parecia que foi, porque dias depois ela reagiu e recebeu alta.

Contudo, logo a ansiedade tomou conta, ela não suportava ficar no Brasil e fez de tudo para voltar para sua vida na Espanha. No começo ficamos tristes, mas, depois, lembro que meu sentimento era de alívio porque sentia que seria menos um problema para nos preocuparmos.

Em seu último retorno ao Brasil, foi enviada pelo seu namorado espanhol de anos. Ele nos ligou dizendo que não suportava mais cuidar dela e logo estávamos, eu e minhas irmãs, mais uma vez, na frente do saguão de desembarque do aeroporto. Na expectativa de encontrar alguém que volta de viagem, olhávamos atentamente todos que passavam, e chega então uma senhora de cabeça toda branca, cabelos curtos, magra, com dificuldade de andar e com o rosto profundamente triste. Era minha mãe. Depois de tantos anos, estava irreconhecível.

E a nossa saga com os tratamentos retomaram até culminar em uma complicação maior em seu intestino. Após uma infecção generalizada causada por uma perfuração no intestino, pós-cirurgia, ela veio a falecer.

Relembrando agora a nossa história, chego a conclusão que ela sempre precisou de ajuda, mas, naquela época, quando tudo começou, nem sabíamos o que era Transtorno Bipolar. Hoje, olhando pra traz, vejo bem claro todas as evidências dessa doença na sua trajetória.

E eu, que jurava que as pessoas traçavam seu destino unicamente baseado em suas escolhas, tenho que afirmar que essa, certamente, não foi uma escolha que ela fez. Infelizmente, o Transtorno Bipolar pode acontecer com qualquer um, inclusive, comigo e com você.

Sandra Del Amonica
Filha de Marizilda

O Transtorno Bipolar:

É uma doença que se caracteriza pela alternância de humor: ora ocorrem episódios de euforia (mania), ora de depressão, com períodos intercalados de normalidade. Com o passar dos anos os episódios repetem-se com intervalos menores, havendo variações e existindo até casos em que a pessoa tem apenas um episódio de mania ou depressão durante a vida. Apesar de o Transtorno Bipolar do Humor nem sempre ser facilmente identificado, existem evidências de que fatores genéticos possam influenciar o aparecimento da doença.

Saiba mais sobre a doença:
http://drauziovarella.com.br/letras/t/transtorno-bipolar/

sábado, 24 de setembro de 2016

Choro de criança no mercado

Toda semana passo no mercado rapidinho para comprar alguma coisa “essencial” que esqueci da última vez. Logo que entrei, me deparei com uma mãe dando pito na filha, que devia ter uns 7 anos: “Não adianta chorar, chorar não vai fazer mudar sua nota!”.

Logo me lembrei de um caso icônico da minha infância, nessa mesma idade, quando a mãe de um amiguinho do colégio bateu no filho, na escola mesmo, quando soube das suas notas baixas durante uma reunião de pais.

O menino, lembro bem, arrancava os cabelos enquanto apanhava. “Eu sou muito burro mesmo!” deve ter sido a mensagem cicatriz deixada na sua mente. Para aquela mãe, a escolha certa era fazer o filho passar vergonha na frente de todo mundo, porque bater em casa, sem a humilhação pública, não seria mesmo tão eficiente.

gettyimages.com

Fato era que, naquela época, bater era normal. Fazia ainda parte da “educação infantil” utilizar de outros recursos para “doer mais”. Da palmada para a famosa chinelada era um passo. Certeza que essa era a segunda utilidade mais frequente das Havaianas, isso sem falar em varadas e cintadas... Já, hoje, uma cena dessas, iria da escola  direto para o Youtube, viralizando nas redes ao ponto de ganhar destaque no Fantástico.

Mas, voltando ao mercado, palco de muitas bizarrices familiares ao redor do mundo (de pai que prende o cabelo da filha no carrinho – essa tá quente porque viralizou essa semana – até birras homéricas de crianças esperneando no chão) comprei minhas coisinhas e acabei encontrando novamente mãe e filha na fila do caixa.

E a mãe continuava o sermão, “pára de chorar, tem que estudar, tem que se esforçar mais!” e criança, acuada, tentava conter as lágrimas. Quis mesmo dar um abraço nela... Mas, só consegui dar um sorrisinho de solidariedade para a menina, ainda com medo de a mãe ficar brava com a minha pequena tentativa de conforto. 

Se aquela mãe estava certa ou errada, não sei. O que vi e ouvi são pequenos fragmentos de uma história familiar que não conheço. Porém, o que realmente me incomodou foi o fato do sermão ter sido longo e público com o contundente intuito de “doer mais”. 



Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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domingo, 18 de setembro de 2016

"Maternidade, depressão e 15 tentativas de Suicídio"

Eu só queria morrer, mas minha filha completaria 17 anos no dia seguinte e, apesar de não falar comigo há quase 2 anos, não queria marcar dessa forma essa data.
Eu só queria morrer, mas tinha outras 2 filhas menores, 9 e 6 anos, que inocentes, não entendiam o porque de terem ido morar com o pai.
Eu só queria morrer, mas não queria ficar apodrecendo dias na minha cama até que alguém, por algum estalo, se lembrasse de mim.
E eu só queria morrer mas fui chamada de hipócrita, egoísta e que romantizava meus "fins".



Para querer morrer, só basta estar doente. Ser mãe, filha, irmã, esposa, nessa hora, não quer dizer nada. 


Infelizmente, ninguém quer dizer nada quando você está doente. A depressão, eu posso comparar a uma catarata nos olhos. Sua vista está lá, inteira e saudável, mas por cima tem essa nuvem. Se retirada, você volta a enxergar normalmente. É assim a depressão, é como uma sombra na frente dos seus pensamentos.


Foto retirada do site: http://hocowellandwise.org/

Advogada, médica, engenheira, professora... sim todas elas podem ser vítimas de depressão e infelizmente acabar em um suicídio. Avó, mãe, filha, neta, são passíveis de serem afetadas pela doença. Há pouco tempo um médico psiquiatra retirou sua vida com ingestão de substâncias em Friburgo. Ele também precisava de ajuda. 

Enfim, qualquer pessoa do sexo masculino ou feminino pode ser afetada pela doença e não existe NADA e nem NINGUÉM que seja motivo para um depressivo não cometer suicídio (se chegar nesse grau). 

Essas pessoas só querem um abraço apertado, sem muitas palavras, sem tentar convencer do contrário, apenas um abraço e um "conte comigo, vou te ajudar a melhorar". Um abraço e presença já são suficientes para ajudar um depressivo que está pensando em suicídio. 

Escute e dialogue. Saiba a hora do silêncio, mas também a hora de puxar pelo braço para um banho. Amizade, paciência e amor são indispensáveis.

Daniela Leite,
Filha, mãe de 3 meninas, irmã, já passou por mais de 15 tentantivas de suicídio e mais de 8 internações em um
hospital psiquiátrico. Em tratamento há 6 longos anos e sem perspectiva de alta ambulatorial.

Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2016.

Convive com alguém com comportamento Suicida e precisa de ajuda? Clique aqui agora!


Esse mês de Setembro Amarelo temos uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Saiba mais

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Mãe Coruja – Você conhece essa expressão popular?

A expressão surgiu com a fábula "A Coruja e a Águia", do escritor francês La Fontaine, também reescrita por Monteiro Lobato, e que traz como moral da história outro provérbio famoso que é “quem ama o feio, bonito lhe parece”.

É isso mesmo que acontece com as mães! É tanto amor, tanto amor que ficamos cegas e achamos mesmo que nossos filhos são sempre os mais lindos, inteligentes e fofos do pedaço. Estranho é se fosse diferente (risos). 


Por isso, tenha paciência com as mamães que ficam babando nas crias por aí e enchendo sua timeline com fotos e mais fotos dos pequenos. Afinal, você também deve ter a sua dose de Mãe Coruja! Relembre a fábula:

A coruja e a águia (Monteiro Lobato)

Coruja e águia , depois de muita briga resolveram fazer as pazes.

— Basta de guerra — disse a coruja. — O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.

— Perfeitamente — respondeu a águia. — Também eu não quero outra coisa.

— Nesse caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.

— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?

— Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial, que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.

— Está feito! — concluiu a águia.

Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.

— Horríveis bichos! — disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja.

E comeu-os.

Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.

— Quê? — disse esta admirda. — Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…


Fonte: Fábulas, Monteiro Lobato, São Paulo, Brasiliense, s/d, 20ª edição.



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Desabafo: "Só queria sentir aquela paz das fotos de maternidade. Será que estou depressiva?"

"Tô aki chorando sentada no meio dos dois (bebês gêmeos) que acabaram de dormir depois de um show de choros e berros ... tentei dar o almoço (q eu fiz com mto carinho pensando em td ... Se é saudável, se está gostoso, se tem 500 cores... como tem q ter). Mas o almoço foi um fiasco. 

Cuspiam, choravam, comeram só metade do prato ... estavam morrendo de sono ...e eu agora estou exausta. Estou tão cansada... tenho q ser uma ótima mãe, amar incondicionalmente, sorrir, ficar sempre linda, arrumada e cheirosa ... Mas o q acontece, na realidade, é que estou de pijama até agora.

Meu cabelo só consegue ver água 1x na semana ... perfume o q é isso ?? Marido .. coitado cumpre perfeitamente seu papel de pai .. lava guarda a louca a roupa da janta troca a fralda me ajuda em tudo. É é muito presente. Mas e eu? Como fazer para cumprir o meu papel de mulher com ele?? Coitado deve estar subindo pelas paredes.



Eles estão com gripe e não tem uma noite que não acordo pelo menos 5x, junto o meu marido, que tb está exausto ... Não sei como sair dessa situação... só queria sentir aquela paz q mostra aquelas fotos de maternidade.

Tô aki, acabada, com tantos sentimentos misturados que aquele amor lindo que toda mãe sente eu agora não tô sentindo ... na verdade não sinto nada ... só vontade de chorar. Mas nem isso eu posso porque tenho que arrumar a casa, lavar a louça, lavar e pendurar a roupa e pensar no jantar dos meninos né... porque o meu e do meu marido nunca existe ... 

Me ajudem, só eu sinto isso? Será que estou depressiva? Tenho medo .. Tô sem paciência sabe... pensei na escola mas as boas não dá pra pagar ... empregada também não .. enfim, sou eu e Deus. 

Sou péssima mãe né? Me cobro tanto e não consigo ser melhor ...... me ajudem ... me julguem ... sei lá ... e ainda sei q não posso reclamar porque tenho uma casa, um marido legal, uma família que me ajuda muito e dois filhos lindos e saudáveis.

Mas, mesmo assim, me sinto derrotada." 

Ju R, Mãe de gêmeos
Sessão Desabafo

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domingo, 21 de agosto de 2016

Vale Night com as amigas.

Essa semana ganhei um “vale night” do marido. Era dia do encontro anual das amigas da faculdade. O ponto de encontro, por si, só já era nostálgico, um barzinho perto da PUC.

Fiz o mesmo caminho de longos quatro anos e, de repente, tudo parecia tão mudado. Pois, é, passaram-se quase 20 anos do primeiro dia de aula. Uau! Estamos mesmo ficando velhas.

Entro no bar e dá um friozinho na barriga. Será que não veio ninguém? Mas, logo ouço gargalhadas enchendo o ambiente. Certeza, minhas amigas já estão lá. O clima é de festa e é tanto assunto falado, ao mesmo tempo, que custo a me inteirar do papo. Sexo, maridos, sexo, crianças, sexo, crises existenciais, choro, riso, sexo... Mil risadas. Logo vejo que continua tudo como sempre. Que bom!



foto by SanDiego Magazine

Por segundos, ainda penso “como somos diferentes”, mas logo percebo que, na verdade, somos mesmo muito iguais, justamente, por sermos todas mulheres, filhas, esposas e mães. No fundo, nossos desafios são os mesmos.

O garçom traz batatinha frita. Tem comida mais deliciosa? Tento não comer todas e dou mais uma checada no celular para ver se não chegou - mesmo - alguma mensagem sobre as crianças. Parece que papai está se virando muito bem sem mim. Ótimo.

Sinto-me tão bem agora sem marido e filhos que nem consigo me sentir culpada. Prometi a mim mesma aproveitar todos os segundos. “Foto! Foto!” Gritam na ponta da mesa. “Digam x!” e uma sequencia de flashes ilumina as quase quarentonas mais animadas do boteco.

E quer saber? Estamos a, cada ano, mais bonitas na foto. Mais seguras, mais decididas, mais mulheres. Claro que as nossas dores não apareceram no retrato! E nem deveriam, ficaram todas na mesa do bar.


Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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domingo, 7 de agosto de 2016

Queridas, esqueci as crianças!

Era uma segunda-feira comum de trabalho e acabei esticando mais um cadinho para terminar um job que estava “enroscado”, dei ainda uma paradinha para provar um bolo de maçã caseiro delícia feito pela minha colega de baia. Na última bocada, uma olhadela no relógio e um sobressalto: Hoje é meu Dia de pegar as crianças na escola!!!

Gelei, o bolo parou no esôfago com o susto... desliguei rapidamente o computador e sai literalmente correndo da mesa. Era exatamente 18h30, o horário limite que eu deveria estar lá para buscá-los. Decidi pegar um táxi e, nessa hora, sorte minha se tivesse algum no ponto.

Lynda Carter como Wonder Woman (rebloggy.com)

Levantei os braços aflitos para o motorista ainda no outro lado da rua, entrei rapidamente no carro e disse... não disse nada! A fala travou e comecei a chorar. O taxista olhou para mim piedosamente e respondeu “Respira. Respira e me fala aonde vamos.” Respirei e consegui forças para dizer o endereço da escolinha.

Ele apertou a acelerador e seguiu cortando alguns carros. Fazia o possível para não parar no farol vermelho e... epa...acho que ele realmente está achando que morreu alguém da minha família. E agora? Falo ou não falo que eu sou só uma mãe surtada porque esqueceu o horário de pegar as crianças na escola?

Se eu contar, depois de todo o esforço dele em me levar rapidamente ao destino, acho que me joga pela janela do carro. A não ser que ele seja, além de um ótimo motorista, também um pai solidário. Capaz que não...

Mas vou falar mesmo assim... e me preparo para dar a notícia – corajosamente (e envergonhadamente)- ensaio o discurso: “Moço, sou só uma mãe neurótica e descabelada, além de super culpada por ter esquecido as crianças na escola.”

Contudo, engulo seco e só consigo dizer “Moço, pode parar aqui. Muito, muito obrigada”. Desci no farol, dei uma caixinha gorda e continuei a corrida tropeçando no salto.

Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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sábado, 6 de agosto de 2016

Diagnóstico de Autismo

Mamães ( e papais)
Como muitos já sabem sou pedagoga e, trabalhando com crianças autistas por anos, gostaria de fazer um alerta para os pais em fase de investigação do transtorno:


Não se satisfaça no primeiro diagnóstico!


Sempre que uma mãe me procura para conversar sobre seu filho ser autista, o que mais me preocupa é ela ter recebido esse diagnóstico de um modo simplista e precipitado.

A dica preciosa aqui é não acelerar essa fase. Sei que é difícil, sei que o que mais queremos é ter respostas para tantas perguntas... Porém, acalme seu coração. 

O mais importante agora é investigar minuciosamente e saber que só quem fecha o diagnóstico de Autismo é o psiquiatra ou o neuro pediatra e - mesmo assim - não é na primeira consulta. 


Leva tempo. Leva mesmo. Isso porque o Autismo é um distúrbio crônico de comportamento que não tem "cara", nem exames exatos de diagnósticos, nem tratamento padrão.  


O diagnóstico é essencialmente clínico e são necessários no mínimo 7 sintomas para ser caracterizado. Ou seja:


Se seu filho não brinca com outras crianças pode ser timidez,
Se seu filho não te abraça pode ter uma personalidade mais instropectiva
Se seu filho está demorando a falar pode ser alguma deficiência na audição
E assim por diante!


É logico que a gente tem que acompanhar os marcos de desenvolvimento da criança e procurar um especialista assim que sentirmos que algo está errado. Temos que estar sempre alertas, sempre junto, sempre conscientes, mas sem nos desesperar.


Se quiserem conversar sobre o Autismo estou à disposição. Espero de alguma forma, poder ajudar!


Por Jan M Bormann
Jan é Pedagoga e mãe de dois filhos
Pedagoga com Habilitação em Educação Especial e pós graduação em Psicopedagogia.


Quer saber mais sobre Autismo? Consulte esse Artigo no Site do Dr. Dráuzio Varella

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Pastel de Forno Criativo


Mamães as férias chegaram ao fim, mas trago uma receita delícia que pode ser feita sempre com a ajuda dos seus filhos: Pastel de Forno Criativo! 



Você sabia que estimular o lúdico com seu filho é muito importante não só em sala de aula? O lúdico é um fator positivo na construção do conhecimento das crianças durante a infância, desenvolvendo nelas a imaginação, raciocínio, criatividade e espontaneidade. 

Hoje quando for para a cozinha com seu filho, esqueça aquele formato padrão que geralmente utilizamos para modelar nossos pastéis, deixe a sua e a criatividade do seu pequeno fluírem. 

Vale todas formas geométricas! Quadrado, Retângulo, Círculo, Triangulo! Quer mais? Vale tudo!!!


Vamos à receita: 

Ingredientes
1 colher de sopa de fermento em pó 
3 xícaras de farinha de trigo 
Sal a gosto 
100 gramas de margarina em temperatura ambiente 
½ lata de creme de leite com soro 
A mesma medida de leite 

Recheio
1 peito de frango cozido e desfiado 
3 dentes de alho 
1 cebola 
1 vidro de requeijão cremoso 
Sal a gosto 
1/2 colher de margarina 
3 tomates picadinhos 

Preparo recheio: doure a cebola e o alho com a margarina, acrescente o sal a gosto e depois o tomate, deixe apurar se necessário coloque uns dois dedos de água. Depois acrescente o frango, refogue um pouco e desligue para acrescentar o requeijão cremoso.

Preparo Massa: Peneire o fermento com a farinha de trigo, acrescente o sal e a margarina. Amasse com um garfo e acrescente o creme de leite, misturando bem. Aos poucos acrescente o leite até obter uma massa lisa. Ponha a massa em uma mesa ou mármore enfarinhado e amasse-a levemente e abra comum rolo. Modele da forma que desejar!!! 

Que tal você postar aqui no blog uma foto dos seus pastéis, para nos mostrar a criatividade do seu filho na cozinha? Beijos e até a próxima.


Bom apetite!

Manoela Sena
Chef na Porções de Amor Papinhas
www.porcoesdeamor.com.br
Facebook.com/porcoesdeamorpapinhas

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