domingo, 21 de agosto de 2016

Vale Night com as amigas.

Essa semana ganhei um “vale night” do marido. Era dia do encontro anual das amigas da faculdade. O ponto de encontro, por si, só já era nostálgico, um barzinho perto da PUC.

Fiz o mesmo caminho de longos quatro anos e, de repente, tudo parecia tão mudado. Pois, é, passaram-se quase 20 anos do primeiro dia de aula. Uau! Estamos mesmo ficando velhas.

Entro no bar e dá um friozinho na barriga. Será que não veio ninguém? Mas, logo ouço gargalhadas enchendo o ambiente. Certeza, minhas amigas já estão lá. O clima é de festa e é tanto assunto falado, ao mesmo tempo, que custo a me inteirar do papo. Sexo, maridos, sexo, crianças, sexo, crises existenciais, choro, riso, sexo... Mil risadas. Logo vejo que continua tudo como sempre. Que bom!



foto by SanDiego Magazine

Por segundos, ainda penso “como somos diferentes”, mas logo percebo que, na verdade, somos mesmo muito iguais, justamente, por sermos todas mulheres, filhas, esposas e mães. No fundo, nossos desafios são os mesmos.

O garçom traz batatinha frita. Tem comida mais deliciosa? Tento não comer todas e dou mais uma checada no celular para ver se não chegou - mesmo - alguma mensagem sobre as crianças. Parece que papai está se virando muito bem sem mim. Ótimo.

Sinto-me tão bem agora sem marido e filhos que nem consigo me sentir culpada. Prometi a mim mesma aproveitar todos os segundos. “Foto! Foto!” Gritam na ponta da mesa. “Digam x!” e uma sequencia de flashes ilumina as quase quarentonas mais animadas do boteco.

E quer saber? Estamos a, cada ano, mais bonitas na foto. Mais seguras, mais decididas, mais mulheres. Claro que as nossas dores não apareceram no retrato! E nem deveriam, ficaram todas na mesa do bar.


Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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