sábado, 18 de fevereiro de 2017

Não somos invencíveis mamãe! Mas somos guerreiras contra o Câncer

Muitas vezes nós - mulheres - achamos que somos as invencíveis. Pensamos que nada de ruim nos acontecerá, até que um dia o jogo vira e você se vê em uma situação que só imaginou ver na casa do vizinho.

Ei, amiga, não quero te assustar, só quero que tenha sabedoria e dignidade para lidar com as adversidades, que possa sim curtir a vida, mas com responsabilidade. Que tenha em mente que ela é uma só e que, cada ato mal pensado, afetará não somente a sua vida mas da sua família inteira. Afinal de contas, quem vive sozinha?

Talvez eu esteja escrevendo isso para você agora só porque estou com um puta medo. Preocupada com uma cirurgia que farei hoje, principalmente, com o resultado. Ainda mais por saber que isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse fugido da realidade e repetido a merda da biópsia do nódulo há um tempo atrás... Estou com suspeita de câncer de mama.

Campanha "Ninguém é imune ao câncer de mama"

Hoje estou aqui tentando ser forte, mas estou com medo. Medo do que vem agora e medo do que vem depois. Medo de entrar no centro cirúrgico e não saber o que pode mais existir atrás desse nódulo. 

Mas, eu decidi que não vou deixar o medo me dominar, estou tentando fazer as pazes com ele. Você não é She-Ra nem eu mulher maravilha. Podemos chorar quando o coração pedir, e enxugar as lágrimas quando a vida obrigar. Cuide-se guerreira!

Depoimento de Manu Sena
Mãe, Empreendedora e Guerreira contra o Câncer


Câncer de Mama: Diagnóstico Precoce é tudo!

Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos.

Campanha "Ninguém é imune ao câncer de mama.

A Associação de Luta Contra o Câncer (ALCC) de Moçambique lançou a campanha de anúncios contra o câncer de mama na qual as super-heroínas dos quadrinhos Mulher-Maravilha, Tempestade, Mulher-Gato e Mulher-Hulk realizam o exame de toque em si mesmas. Veja mais imagens das heroínas e reportagem completa no site Assuntos Criativos.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

O causo do bikini (e da frustração)

Essa manhã, bem cedinho, minha filha de 8 anos me ligou da casa de uma amiguinha. “Mãe, oh mãe, você esqueceu de colocar meu bikini na mochila”. 

Ah, esqueci? Será? Estava com tanto sono que demorei um pouco para entender o “causo do bikini”. Fato é que eu tinha colocado o bikini, mas o bikini errado... ela queria aquele outro, o novo, com babados. 

foto do pinterest

Nenhuma mãe deveria ser acordada durante a soneca pensei, são 5 minutinhos sagrados e sair dessa com bom humor era só para os fortes. Respirei e insisti:
- Ok, entendi, mas usa esse mesmo. Você não vai perder a farra com as amigas na piscina não é?”

Mas o meu argumento pareceu fraco perante a fantasia pré-estabelecida de reinar com o biquininho novo na festa das meninas na piscina; ela continuou, agora, já com voz de choro. “Então eu não vou entrar na água!”

Continuei firme:
- Amor, presta atenção na mamãe. Se a mamãe for aí não vai ser para te levar o bikini, vai ser para te levar para casa. Entendeu? Seja inteligente agora, acalme-se e responda para mamãe: 

Você prefere o bikini ou prefere ser feliz? ...hã?

Mas, aquela tal de inteligência emocional não estava mais lá, só tinha a frustação do plano não ter saído como ela previa (corte para a cena da Sabrina, linda, de bikini de babados, e óculos de sol bacanudo desfilando na piscina). “Mãe, só quero ir embora.”

- Ok filha, estamos indo aí te buscar.

Desliguei o telefone, e o meu marido olhava para minha cara... “Deixa que eu levo o bikini lá. Depois você conversa melhor com ela. Ela só está chateada”.

Foi quando eu comecei a pensar em quantas vezes - na vida – eu também escolhi o bikini. Quantas vezes eu quis ir para casa ao invés de continuar “na festa” só porque alguma coisa saiu do meu controle, ou deixei algo inesperado me inundar de frustração... Analisando bem, acho que joguei mesmo fora algumas boas oportunidades.

Para o final de semana que vem, a gente já combinou: vamos juntas na piscina com nossos biquínis de babados, mas, jamais, vamos deixar de fazer alguma coisa por falta deles.


Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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domingo, 22 de janeiro de 2017

Você já explicou para o seu filho que há crianças especiais?

Ontem foi mais um dia de rotina, quando levo meu filho para jantar em algum restaurante com brinquedos uma vez na semana. Ele tem diagnóstico de autismo e alguns passeios que são simples para crianças neurotipicas, para ele nem sempre.

Esperando por um dia daqueles que pessoas desconhecendo comportamentos autistas, revelam seus olhares curiosos e estranhos além de comentários indiscretos sobre ele, uma princesinha de 4 anos veio em minha direção perguntando porque ele era assim.


Imagem da internet

Expliquei em palavras simples que ele era autista e, como toda criança é diferente uma da outra, ele também era diferente, que ele fala , brinca e se comporta do jeitinho dele. No mesmo momento ela exclamou em alta voz para a irmã mais velha que parecia ter uns 10 anos de idade : "Viu fulana , ele não é louco como você disse, ele é autista!!!"

Desnecessário explicar o que senti em meu coração ao ouvir essas palavras de uma criança com 10 anos de idade. Esqueci o fato de que poucos são os pais que ensinam seus filhos sobre as crianças especiais, porque entendem que esse assunto é limitado a sala de aula.

Peço que compartilhe com seus amigos essa mensagem para que juntos possamos conscientizar as famílias sobre crianças especiais e autismo, doença que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos no mundo todo, prejudicando a criança em algumas áreas de sua vida.

Se através dessa mensagem, famílias passarem a ter um olhar de amor para as crianças especiais orientando seus filhos sobre o tema, meu objetivo será atingido.

Obrigada! 💙


Danyelle Maria Rodrigues
Mãe de Vicenzzo, 4 anos, diagnosticado há 2 anos.


Mas, o que ensinar ao seu filho sobre crianças especiais? Confira dicas aqui no Lagartavirapurpura


Que tal ler mais textos sobre Autismo escritos exclusivamente para no nosso Blog?

domingo, 1 de janeiro de 2017

A maternidade cansa. Mas cada amanhecer renova a energia para recomeçar


Alguém me alertou sobre esses dias, não lembro direito... acho que não dei atenção.
Esses dias em que o cansaço bate lá no teto e você tem vontade de pegar a chave do carro e sair por aí. Não tô falando do sono, que realmente às vezes machuca fisicamente, mas o cansaço de tanto peso nas costas.




Como cansa de uma hora pra outra a minha vida não ser a minha prioridade.
Como cansa as vezes se sentir numa prisão invisível. E como dói na alma a culpa de se sentir assim, mas acho que ok não estar 100% sempre, né?


Hoje eu só queria ser uma das pessoas do meu Facebook curtindo uma praia ou dormindo sem hora pra acordar. Hoje eu só queria umas boas horas pra cuidar só de mim, ver um filme ou ficar olhando pro teto.

Hoje eu não queria me preocupar em colocar ninguém pra dormir ou se a soneca da tarde (aleluia ela tirou uma soneca a tarde!) está demorando muito e vai atrapalhar o sono da noite. Hoje eu não queria precisar de ajuda pra conseguir tomar um banho longo. Hoje eu só queria sair desse furacão e poder passear sem me preocupar com fralda pra trocar ou hora de mamar.

Hoje eu só queria tão pouco, mas que hoje parece tanto! Ninguém disse que seria fácil, mas a gente cria nossas expectativas. 


Sei que a Clarinha é muito pequena e é uma fase, mas a maternidade consome totalmente e em alguns momentos eu sinto falta de não ter responsabilidade alguma. Tenho medo de não curtir ela, mas tenho medo de não me curtir também. 

É só um desabafo. Tem dias em que sufoca, mas graças a Deus nossos dias tem 24 horas e cada amanhecer renova a energia pra recomeçar tudo de novo. 


Bá Bradley
Mãe da Clara, 3 meses