domingo, 1 de janeiro de 2017

A maternidade cansa. Mas cada amanhecer renova a energia para recomeçar


Alguém me alertou sobre esses dias, não lembro direito... acho que não dei atenção.
Esses dias em que o cansaço bate lá no teto e você tem vontade de pegar a chave do carro e sair por aí. Não tô falando do sono, que realmente às vezes machuca fisicamente, mas o cansaço de tanto peso nas costas.




Como cansa de uma hora pra outra a minha vida não ser a minha prioridade.
Como cansa as vezes se sentir numa prisão invisível. E como dói na alma a culpa de se sentir assim, mas acho que ok não estar 100% sempre, né?


Hoje eu só queria ser uma das pessoas do meu Facebook curtindo uma praia ou dormindo sem hora pra acordar. Hoje eu só queria umas boas horas pra cuidar só de mim, ver um filme ou ficar olhando pro teto.

Hoje eu não queria me preocupar em colocar ninguém pra dormir ou se a soneca da tarde (aleluia ela tirou uma soneca a tarde!) está demorando muito e vai atrapalhar o sono da noite. Hoje eu não queria precisar de ajuda pra conseguir tomar um banho longo. Hoje eu só queria sair desse furacão e poder passear sem me preocupar com fralda pra trocar ou hora de mamar.

Hoje eu só queria tão pouco, mas que hoje parece tanto! Ninguém disse que seria fácil, mas a gente cria nossas expectativas. 


Sei que a Clarinha é muito pequena e é uma fase, mas a maternidade consome totalmente e em alguns momentos eu sinto falta de não ter responsabilidade alguma. Tenho medo de não curtir ela, mas tenho medo de não me curtir também. 

É só um desabafo. Tem dias em que sufoca, mas graças a Deus nossos dias tem 24 horas e cada amanhecer renova a energia pra recomeçar tudo de novo. 


Bá Bradley
Mãe da Clara, 3 meses

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