sábado, 28 de maio de 2016

Estupro de menina no Rio de Janeiro é problema nosso!

Meninas, resolvi falar. Falar sobre o tal ESTUPRO*.

Não, eu não li os posts polêmicos, nem as brigas, nem nada disso. E também não estou aqui pra causar polêmica, mas pra pedir que REFLITAM JUNTO COMIGO.

Somos MÃES. Tenho certeza de que todas sonham com um futuro lindo pros nossos filhos, que estejam seguros, que sejam amados, que sejam felizes. No caminho, como nós, terão erros e acertos... E estaremos lá, pro que der e vier! Com eles e por eles, seremos guerreiras. Combinado?

E por que discutir este caso aqui? Porque isso aconteceu com uma FILHA, que um dia pode ser a SUA. Porque isso aconteceu com 33 FILHOS, que também poderão ser SEUS. 


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Podemos educar, passar valores, explicar e também zelar por suas companhias, mas por mais que façamos, não estamos livres, infelizmente. E não é por isso que devemos simplesmente fechar os olhos.

Então, você, mamãe, que está lendo isso, reflita. Pense e se permita erguer esta bandeira dentro da sua casa. Ninguém merece ser estuprada. Nem VOCÊ que, acredite, também está sujeita, como EU. Se permita erguer esta bandeira entre os seus amigos, no seu trabalho.

Você é responsável por um ser humano, que sendo menina, um dia pode acreditar que MERECEU ser estuprada ou um filho que ESTUPROU a colega com seus "amiguinhos" por diversão e porque ela deu mole. Eu não gostaria de estar em nenhum dos lados... E você?

Com amor... Por mais amor.

Daniele Godoy
Administradora e Mãe de 1 MENINO

*Saiba mais sobre o Caso da menina de 16 anos que foi estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro.

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Maternidade e Carreira. Dá para conciliar?

Em algum momento da vida, todas nós vamos parar para analisar nossas carreiras e faremos a seguinte pergunta: Será que estou no caminho certo?

Depois de ser tornar mãe então, esse questionamento fica muito mais forte já que administrar carreira e filhos torna se um grande desafio. Talvez o maior de sua vida. 

Por isso mesmo, optar entre carreira ou maternidade, ou conciliar ambas e enfrentar os desafios da sua escolha não é uma decisão fácil para ninguém. E nem deveria ser. A gente tem mesmo que pesar bem os prós e os contras de nossas opções.



Não deixe ninguém apontar o caminho que você deve seguir.

Mas, certamente, uma escolha baseada em Valores (traduzem o que é importante para você e mudam de acordo com suas necessidades) lhe trará muito mais segurança para lidar com seus medos, anseios, expectativas e muito mais maturidade para definir a melhor alternativa para você.

Temos aí então não só a oportunidade para investir em autoconhecimento e resgatar os seus valores, mas também para uma reflexão sincera sobre o que você deseja para o futuro. 

Separei alguns pontos importantes para te ajudar nessa reflexão e na definição de seu Plano de Carreira Pós Maternidade. Vamos lá? 

1 . Invista em autoconhecimento 

Não há escolhas certas ou erradas. Há escolhas melhores para você se baseadas em uma reflexão sobre quem você é: 
- Quais o sentido da maternidade e do trabalho para você;   
- Quais são suas características de personalidade, habilidades, formação;
- Quais são suas necessidades básicas  e  de desenvolvimento;
- Quais são seus valores mais fortes e que norteiam suas ações;  
- Quais são seus diferenciais;
- Quais são as competências que necessita desenvolver para atingir seus objetivos;
- Quais são suas aspirações de carreira hoje (negócio próprio, carreira gerencial, terceiro setor, carreira de especialista?).


2. Explore suas opções


- Certifique-se de que esgotou a análise sobre todas as possibilidades de carreira disponíveis para você. 
- O plano de carreira que definir deve basear-se em uma profunda compreensão do mercado dentro de sua área de atuação. 
- Considere quais opções você tem para o desenvolvimento profissional e desenvolva as competências necessárias para isso.
- Explore as opções para obter novas habilidades e experiências em sua função atual ou na que desejar.
- Mapeie as principais empresas (potenciais empregadores) dentro da área escolhida.
- Investigue quais qualificações são necessárias e aquelas que são de valor agregado: são diferenciais.
- Analise os caminhos de carreira das pessoas bem sucedidas na sua profissão;
- Avalie se deseja um trabalho de tempo integral ou parcial, permanente ou temporário, com horário flexível ou não.
- Empreender (ter um negócio próprio de algo que você tem conhecimento e gosta) pode ser uma alternativa. Porém, se a opção for essa, vale alertar que qualquer negócio novo necessita de muita dedicação (que normalmente se reflete em tempo e dinheiro) e profissionalismo, pois o mercado está a cada dia mais competitivo. 


3. Estabeleça suas metas

Agora é a hora de combinar seu auto-conhecimento com o conhecimento de suas opções para determinar seus objetivos de carreira e definir um plano de ação:

- Liste seus objetivos e lembre-se que devem ser SMART (específicos, mensuráveis,  atingíveis, relevantes) e  claramente definidos  para que  você possa alcança-los . Por exemplo "Daqui há 5 anos eu quero ser gerente financeiro de uma grande multinacional". Se for difícil  identificar um trabalho específico, você  pode indicar objetivos mais gerais.
o Seja positiva e realista. Não subestime o que pode fazer e o valor que você pode agregar. Mas também seja pragmática. Os objetivos que são inatingíveis podem ser desmotivadores.
- Seus objetivos devem incorporar objetivos de curtos, médios e longo prazo e ser revistos pelo menos anualmente.
- Devem ser estruturados em realizações menores, mensuráveis e com prazos para conclusão. 
- Você deve estar ciente das variáveis externas e ser capaz de flexibilizar seu plano caso haja necessidade (mercado, cenário econômico, necessidades pessoais). 

4. Implemente seu Plano de Ação

- Implemente as ações que irão te ajudar a atingir suas metas de carreira.
- Assuma projetos adicionais que podem lhe dar experiência adicional.
- Invista em mais estudos ou formação, se necessário.
- Fortaleça seu networking, dentro e fora da sua organização ou de seu atual relação de contatos.
- Estabeleça um mentor, alguém que você considera referencia em sua área de atuação e que te inspira.
- Maximize seu perfil em mídias sociais, mas seja criteriosa nas informações.
- Mantenha-se atualizada sobre as mudanças em seu mercado de trabalho.


Você é a responsável pela autoria e em tornar realidade seus objetivos de carreira. O direcionamento, bem como as conquistas e o sucesso que conseguirá dependerão de quanto suas escolhas estão alinhadas aos seus valores, de sua capacidade de aprender/desenvolver-se e de seu potencial (curva de amadurecimento e a tendência da capacidade para desempenhar funções de maior complexidade num determinado momento de tempo). 

Acredite em si mesmo! Se você tem uma compreensão completa de quem você é, tem clareza de suas opções e estruturou um plano de carreira realista, você terá plenas condições de alcançar seus objetivos.

Certamente os desafios não serão poucos, mas se estiver segura em seu propósito ficará bem com você mesma e, principalmente, passará ao seu filho a tranquilidade necessária para conciliar o desenvolvimento pessoal de ambos.

O mais importante de tudo é que você e seus filhos sejam felizes!

Valéria Riccomini
Consultora e Coach
Coaching Executivo e Carreira
RHiccomini  Desenvolvimento 
vriccomini@gmail.com

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**Foto:Shuterstock**

sábado, 21 de maio de 2016

Mãe e Solteira

Éramos uma dupla bacana. A gente se dava bem, muito bem! Na cama, na conversa... um dos caras mais engraçados que já conheci. Aquele por quem teria largado a vida de solteira baladeira, por quem pararia de fumar e beber só para me dedicar ao novo vício do amor.  

O primeiro beijo foi meio sem querer, depois de uma noite de muita cerveja! E me fez tão bem! Me apaixonei perdidamente. Em pouco tempo, ele já frequentava minha casa, convivia com minha família, dirigia meu carro e meu coração. 


Photo by Dan Campos

Mas, em seguida, me deu a primeira rasteira. Disse que era melhor nos afastarmos porque estávamos nos vendo demais, estávamos próximos demais e eu, mesmo apaixonada, obedeci. Voltei a curtir a vida, que afinal de contas era o que eu sabia fazer. Nunca mais liguei. Não fui atrás.  

Depois de alguns meses, quando eu já estava até conhecendo outra pessoa, eis que ele ressurge das cinzas. Um único beijo e já era. Nos reaproximamos. Me aproximei do filho dele, dos amigos dele. Ficamos mais íntimos, dormíamos e acordávamos juntos. Quando, de repente, ele sumiu de novo!  

Tive que engolir a dor de mais uma partida que, dessa vez, doeu muito mais profundo. Não entendia o motivo. Mas, logo, no Facebook, veio a explicação. Recebi uma atualização de página dele que dizia "Em um relacionamento sério com...”. Um mês depois desse primeiro “baque”, o segundo...“Vou ser pai!”. 

Mesmo sem chão tentei seguir minha vida, virar a página. Até que fui surpreendida com um “oi” no whatsapp. Respondi... “chamou por engano?” Mas, então ele disse que sentia minha falta, que ainda gostava de mim e que precisava me ver. Meu coração bateu a mil por hora! Eu disse que era melhor não... ele insistiu. Eu fui no encontro. 

Chorei, abri meu coração. Falei de todo o meu amor. De toda a minha dor. Da minha necessidade de ter ele nos braços para sempre, não só por uma noite. Nos amamos loucamente. Voltei para casa nas nuvens! 

Vinte dias depois, um novo susto... eu também estava grávida! Foi o maior medo que senti na vida. Respirei. Encontrei com ele pessoalmente para dividir a notícia. Foi a última vez que nos vimos.

Ele me pediu para aguardar os 3 primeiros meses para poder contar para namorada que eu também estava grávida. Eu concordei, afinal de contas, a moça não tinha culpa de nada e sofreria muito! Ele manteve contato nesse período, perguntava se estava tudo bem, se eu tinha parado de fumar e de beber... 

Até o dia que a namorada finalmente soube da minha gestação. Então ele começou a mudar o discurso, a questionar a minha gravidez, as minhas intenções... perguntou até se eu tinha tomado remédio para ajudar a engravidar. Enfim... não nos falamos mais! 

Meu bebê nasceu (um mês depois do bebê da namorada dele) e ele só me ligou no hospital para me cobrar o exame de DNA. Exame que ele teve 9 meses para pedir. Não! Eu não aceitei fazer porque era humilhação demais. Se ele desconfiava tanto da paternidade porque não pediu no dia que contei sobre a gravidez? Eu respondi que era melhor ele viver a vida dele e que eu viveria a minha. Afinal, ele tinha me dado o maior presente de todos... a minha filha! O que realmente importava.

Registrei minha bebê só no meu nome. Doeu absurdamente e dói até hoje. Sempre que vejo o documento dela imagino o quanto perdem, pai e filha por conta da covardia dele. Se ele soubesse o quanto ela se parece com ele... o sorriso, o jeito de olhar... se ele soubesse o quanto ela é sorridente... se ele a visse pessoalmente uma única vez, certamente se apaixonaria! 

Tem gente que ainda me diz: “Pelo jeito você ainda ama ele né?!” E eu sempre respondo: “Amo, amo muito, com toda a força que tem no meu coração, mas amo aquele cara de quando o conheci. O cara de sorriso fácil e engraçado, que adorava cerveja e uma boa partida de poker na companhia dos amigos. O cara que me fez perder o rumo. Desse outro cara que ele se tornou, sinceramente, eu quero é distância! ” 

O que me conforta é que minha filha é uma criança feliz e sua alegria transborda por toda a casa. Hoje todo o amor que ela tem no coraçãozinho dela é para mim. Todo sorriso que ela dá é meu. E é a mim que ela chama quando tem medo. Meu grande e verdadeiro amor.

Mas, sim, convivo com um medo absurdo do futuro... e se minha filha sofrer? E se eu não der conta? E se ela se virar contra mim? Já chorei, chorei muito, mas cheguei à conclusão que preciso viver um dia de cada vez e que se eu não acreditar que meu amor será suficiente, quem vai acreditar? Conto com Deus e com os meus pais, que são loucos pela neta, nessa caminhada. 

A mãe dele, uma pessoa com o coração do tamanho do mundo, também fez questão de nos apoiar e se aproximar da neta. Uma pena apenas o pai perder tudo isso. Ele ainda não descobriu que quanto mais amor a gente dá, mais a gente recebe! Ele ainda não descobriu que eu e minha filha somos pessoas diferentes e que ele conseguiria amá-la independente de mim. 

Pode ser que um dia ele acorde e queira recuperar o tempo que perdeu na vida da nossa filha, ou não. Preciso estar preparada, mãe solteira precisa estar preparada para tudo.

G.A.
Mãe, solteira e preparada para tudo.

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Aluno não tem que ser mediano. Tem que dar o seu melhor.

Ano passado mudei meus filhos para a escola pública e percebi que a maior diferença entre a escola pública e a privada está nos pais! Sim nos pais! Você me pergunta: Como assim? 

Na escola particular vemos nosso dinheiro ser gasto em mensalidades, extensa lista de material, livros, uniforme. Então quando sentimos que algo não vai bem, imediatamente exigimos da escola assim como também exigimos dos nossos filhos. Da escola, exigimos uma educação de qualidade e, dos nossos filhos, um esforço por maior desempenho e, consequentemente, por melhores notas.


Fonte: Internet

Afinal, dinheiro não nasce em árvore não é verdade? E fazemos todo um esforço para pagar aquela escola privada ou conseguir vaga naquela escola pública porque buscamos a melhor educação para nossos filhos, dentro das nossas possibilidades.

Na escola pública há certas vantagens já que o material e uniforme geralmente são fornecidos pelo Estado ou Prefeitura e não pagamos mensalidades. Mas quem disse que não pagamos escola? Somos nós que pagamos sim! E sim nossos filhos tem o mesmo direito à educação dos alunos de escola particular. Todos têm direito a educação. Mas, como podemos conseguir isso? 

Nós, pais de alunos de escola públicas, que pagamos impostos, temos o direito e a obrigação de cobrar um melhor desempenho da escola e da criança. Temos que estar de olho e observar se nossos filhos estão realmente aprendendo ou simplesmente marcando presença e tirando notas medíocres (mediano, sofrível). Devemos exigir sempre um esforço pedagógico maior de ambas as partes (escola/ aluno) para que nossos filhos não tenham anos e anos escolares perdidos. 

Dia desses, tivemos a primeira reunião na escola da minha mais velha (aluna do 4 ano) e quando questionei sobre o desempenho de minha filha, a professora disse assim “para os parâmetros ela está bem”. Então, o choque. “Meu filho está sendo um aluno medíocre!?” E depois do choque... a pergunta: Por que? Qual mãe deseja que seu filho seja mediano? A gente não quer ter um Einstein em casa e respeita as dificuldades de cada um,mas essa situação nos posiciona logo para o questionamento: O que há de errado? Como eu faço para ajudar minha filha a se superar? Como a escola faz para que seus alunos realmente deem o seu melhor?

Eu discordei da professora que estava "tudo bem". Não, minha filha não tem que ter nota média. Minha filha tem que se esforçar para aprender e não só para passar de ano. Tem que aprender para a vida. Ela tem sim que estar acima dos parâmetros ou que pelo menos tome atitudes práticas para tentar estar acima. 

Quero que ela tenha acesso a todo material educativo da escola (que por sinal, é excelente) para também estudar em casa (o que não vinha acontecendo) e com meu acompanhamento. Quero participar disso. Também é minha obrigação como mãe ensinar meus filhos a não serem medianos. A serem melhores a cada dia, a terem empenho, dedicação e esforço. 

Sim, sabemos que nossos filhos terão suas limitações, assim como nós temos as nossas, mas e os seus talentos? Como descobrirão os seus talentos se se contentarem com a mediocridade?

Enquanto eu e mais uma ou duas mães cobrávamos esse empenho conjunto (escola/filhos/ pais) os outros pais todos ficaram totalmente quietos. Parecia que para eles estava bom do jeito que estava. Estava bom navegar na mediocridade, navegar na média da vida. Mas não está! 

Sou pedagoga e sou mãe. Sei que existem falhas na escola pública, assim como existem na escola particular, mas a grande diferença é que na escola particular a gente cobra! E, sim, devemos cobrar sempre e nos dedicar para que essas falhas sejam corrigidas. A escola não é gratuita! É paga por todos nós, pais, e devemos exigir sempre o melhor. Afinal, a ESCOLA É NOSSA. 

Jan M Bormann
Pedagoga e Mãe de 2


SUPER DICA: Como saber se a escola está ensinando direitinho? 


Descubra em 2 minutos se a escola do seu filho tem uma Educação de Qualidade consultando AQUI.

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sábado, 7 de maio de 2016

Sogra também é Mãe

(ou Sobre sogras e que eu aprendi com a minha)

Foram 11 anos de convívio, namorei por 3 anos, casamos, depois de 3 anos divorciamos. Voltamos a namorar 2 meses depois do divórcio, casamos novamente e estamos juntos até hoje. 

Nesses 11 anos, ela tentou me ensinar muitas coisas e, eu, do alto da minha "super experiência" não quis aprender. Ela adoeceu e tivemos apenas 1 mês depois disso. Tentamos fazer o que podíamos, mas não tivemos a chance.  


Dona Elisa e Ester

A última vez que a vi lúcida me despedi e fui embora chorando, arrependida por não ter dito EU TE AMO para aquela senhora de 71 anos. Ela foi mãe zelosa, esposa incrivelmente dedicada e uma sogra excepcional. 

Mas eu, claro, tinha que ser "nora", fazer a linha chata e ranzinza. Sentia ciúmes dela com minha filha, de apenas 15 meses. Hoje choro só de pensar em tudo que minha filha não viverá com essa avó e de todas as lembranças deliciosas que temos. 

Sei que tem muitas sogras que são insuportáveis mesmo, mas também vejo muita mamãe ficar irritada por puro ciúme. O meu orgulho não me permitiu demonstrar todo o amor que eu sentia por aquela mulher, embora eu não fizesse ideia de que era tão grande. 

Aprendi com ela que o amor do meu marido por ela, nunca será igual ao amor dele por mim e, vice versa. São amores diferentes e cada um tem sua importância. Se eu for metade da esposa e mãe que ela foi, já serei muito feliz. Ela era amor e luz, eu que só queria enxergar escuridão.

Não permitam que o orgulhe de vocês atrapalhe uma relação que pode ser tão incrível. Deixem que sejam avós, sogras, mães de seus maridos, ainda que a convivência seja difícil porque, acreditem, a dor da culpa e arrependimento são absurdas e não valem a pena. 

Carregarei comigo esses sentimentos ruins junto com tudo que ela foi pra mim. Sei que ela não tinha mágoas, porque ela não se permitia, mas, ainda assim, dói demais. Dói demais ver essa família, que escolhi para ser a minha, sofrer com a perda de um pessoa tão iluminada. 

Nunca mais vou ouvir sua risada (que tantas vezes me irritou). Tanta besteira e tanta implicância por nada. É isso mamães. Sejamos menos noras e mais filhas, porque amanhã pode não ser mais possível.

À Dona Elisa, todo o meu amor e respeito.

Paty Pego
Nora da Dona Elisa, esposa do Lu e mãe da Ester (1 ano)

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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Por um Dia das Mães menos comercial eu digo sim!

(ou 5 Lições das Mães Suíças para as Mães Brasileiras) 


Vivo na Suíça há mais de 10 anos e apesar da saudade enorme do meu Brasil posso dizer que aprendi muita coisa por aqui. A principal é viver uma vida mais simples, a começar pela forma de criar nossos filhos.

Sou de família de classe média baixa paulistana e muito das coisas que vivo hoje lembram minha infância modesta nos anos 80. A grande diferença é que na Suiça as pessoas têm um poder aquisitivo muito maior do que o nosso, mas optam por um modo de vida mais modesto. 

Vou comentar 5 situações do universo materno, incluindo a comemoração de Dia das Mães, que pude tirar grandes lições morando aqui:




1- Dia das Mães 

O Dia das Mães, por exemplo, é bem menos comercial. 
Propagandas de presentes na TV não existem. Jóias? Carros? Roupas? Perfumes. Não tem. O que tem é propaganda de supermercado com ofertas especiais para o almoço da família. 

Essa parte é bem parecida com a do Brasil, a família se reúne e distribui muitos abraços. 
Já o presente super especial da mamãe na manhã de domingo... são as lembrancinhas escolares e as flores!  E só. Mas qual mãe não amaria ganhar isso? 


2- Aniversário

Buffet infantil praticamente não existe e se existe são para as mães estrangeiras que preferiram não se adaptar ao modo Suiço de viver. As festas infantis são simples como as nossas dos anos 70 e 80. 

Tudo estilo "do it yourself", ou seja, faça você mesmo. O bolo de chocolate, que toda criança gosta, é o astro da festa. Normalmente são sem recheio e cobertos com confete. Os meus bolos, particularmente, fazem um super sucesso por causa da cobertura de brigadeiro. 

Nada de salgadinhos e docinhos. É o bolo, groselha, água, frutas cortadas, batatas fritas de pacote e pronto. As lembrancinhas também são simplórias, saquinhos com pirulito, balas e, no máximo, um brinquedinho de 1 dólar.  Como a festa é para a criança e não para os adultos, não tem nada de cerveja rolando solta e música alta. 

Recreadores contratados nem pensar! Para que existe padrinho e madrinha? Tio e tia? Pois combinamos uns dias antes as brincadeiras, como dança da cadeira, esconde-esconde e vamos lá. Todos colaboram.

Muitos dos nossos amigos nem fazem nada até a criança completar 3 anos e assim começarem a entender o significado do aniversário. Até então, a “festa” nada mais é do que um dia especial como os pais, avós e, caso tenham, com os padrinhos. 


3- Brinquedos

Quase todos os bairros tem uma Brinquedoteca pública. Assim, os brinquedos maiores e mais caros não precisam ser comprados. Pegamos emprestado, por alguns dias ou semana, por uma taxa simplória anual. A brinquedoteca não é feita para “pobre” e sim para os pais que têm consciência de que as crianças hoje em dia têm brinquedos demais e que podemos economizar e reusar. 


4- Bicicletas e patinetes

Toda primavera os bairros promovem um dia de Leilão de Bicicletas, cada um leva sua bike usada, em bom estado,  e tenta repassar a que ficou pequena e conseguir comprar a nova por uma pequena diferença.

Acho super bacana ensinar as crianças desde cedo que vivemos em mundo extremamente consumista e que nem tudo precisa ser novo. Especialmente para essa nova geração que viverá as consequências do nosso modo de vida capitalista. Reduzir, reusar e reciclar é isso aí.


5- Roupas 

Com o meu primeiro filho eu bobeei. Não sabia muito bem como as coisas funcionavam e quando algumas amigas me ofereceram roupas usadas eu pensei “eu não preciso”. Mas o fato é que todas nós precisamos, pois assim sobra dinheiro para mais passeios, mais atividades nas férias, ou para simplesmente economizar. 

Pois bem, na segunda gestação eu aceitei todas as ofertas de empréstimo de roupinhas e acessórios de bebê e, praticamente, só comecei a comprar roupas agora com 7 meses de vida da minha filha. A verdade é que os bebês crescem super rápido e nem dá para as roupinhas ficarem velhas. Usei tudo! Algumas já devolvi e outras estou separando para o próximo recém-nascido, pois nossa fábrica aqui em casa fechou. 


Foi aqui bem longe de casa e em um país bem mais rico que aprendi um novo significado de “viver uma vida simples” e estou muito feliz por isso. 

Espero que neste Domingo você acorde com muitos beijos e abraços dos pequenos e seja tão bem presenteada quanto eu. Porque mãe de grandes tesouros eu sei que você já é. 

Feliz Dia das Mães! 

Luciana Santos Muster
Brasileira vivendo na Suiça
Mãe de Matteo (5 anos) e Olivia (9 meses)


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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Dia das Mães virou Dia da Família! E agora?

Ah, vou confessar, Dia da Mães na escola é uma delícia ;-))))). A gente fica ansiosa a semana inteira, fica na expectativa para ver qual musiquinha o filhote vai cantar. Ah, sim, e a gente chora. Chora e chora. Mesmo que a música seja animada, mesmo que o filhote faça pirraça e não queira fazer toda a coreografia da dancinha. A gente ama, se emociona e acha tudo lindo. Afinal, é nosso filho, nossa cria, nosso tudo.  E a gente pega aquela florzinha ou coração de papel rabiscado e guarda para todo o sempre. 

Mas, agora, a vida mudou e na maioria das escolas não tem mais comemoração de Dia das Mães. Tem Festa da Família. Sabe por que? Porque mãe é quem cuida! 


photo by Alex Prager

Não, não é malcriação da minha doce pessoa não! É verdade! Mãe é quem cuida. Pode ser um pãe (pai que cuida também faz papel de mãe), pode ser a vovó coruja, pode ser uma tia amorosa, a madrinha presente, a madrasta que também adotou o pequeno como filho e pode ser até... duas mães!

Quantas e quantas crianças sem mães (falecidas ou ausentes) têm grande trauma de festinha de Dia das Mães até hoje?! Um amigo meu me confessou que, mesmo depois de adulto, ainda lembra de como era sofrido o Dia das Mães na escola. Sua mãe o abandonou... fugiu no mundo com outro homem e nunca mais voltou. E o Dia das Mães na escola era a pior experiência que podia passar, anualmente. Todas as mães chegando, beijando, abraçando... cheirando o cangotinho... e ele nem podia faltar. Sua avó estava lá por ele... mas não era a mesma coisa. Não era mesmo. 

E por que não era? Porque ele não sabia que mãe é quem cuida e se sentia excluído. A escola iniciou uma tradição linda de comemoração das mamães (com todo o louvor que as mães presentes merecem) mas que precisa mesmo se atualizar e se adaptar. 

A diversidade na formação das famílias hoje em dia é enorme, a configuração tradicional de família com pai, mãe e filho é muito limitada.  E quem duvida?

Então mamães, posso garantir que com uma festa chamada Dia da Mães ou uma festa chamada Dia da Família você vai fazer tudinho que eu fiz no primeiro parágrafo. Leva o lenço, a câmera fotográfica e aproveita o SEU DIA! 

O Dia da Família é seu! E do seu marido, da vovó, da titia, da madrinha, da madrasta fofa também! Vamos abraçar a Festa da Família. Afinal, a escola tem o papel de educar e incluir, sempre. 

Feliz Dia da Mães para gente!

Cinthia Fontoura
Mãe de 3

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segunda-feira, 2 de maio de 2016