quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cortesia é amor!


Ainda no dia das mães, fim de domingo, fui dar aquela passadinha nos grupos de mães e fui pega de surpresa com a quantidade enorme de mães desabafando. Desabafo mesmo. Mães que estavam se sentindo extremamente tristes porque seus companheiros não haviam lhe dado nada. Nem mesmo um cartão. Alguns, nem mesmo um “feliz dia das mães”. Para muitos, a desculpa: “ah, mas você é minha esposa e não minha mãe”.
Pode parecer um capricho para muitos. A velha desculpa do “mas é só uma data comercial” ainda é sacada como argumento genérico e ainda vem acompanhada do “dia das mães é todo dia”. E é! Agora, quem pode, de verdade e com honestidade, dizer que celebra a mãe no dia-a-dia? A gente tem uma vida tão atribulada que mal lembra de comer, quanto mais de parar e apreciar, de fato, quem é importante para gente.
Agora, se você acha válido celebrar a sua mãe, então eu gostaria de saber como não celebrar a mulher que você escolheu para essa missão única e especial de ser mãe dos seus filhos? É tão, tão incoerente.
Sim, dia das mães é todo dia. Mas você, pode acaso, se lembra de, todo dia, agradecer a sua esposa pelo papel que ela representa na vida do seu filho? Você, de fato e de coração, faz com que ela perceba o quanto você é grato pela dedicação que ela tem ao seu filho?
Sim, sua esposa não é sua mãe. Mas ela é UMA mãe. Na verdade, fora a sua, é a mãe mais importante que existe porque foi você que escolheu torná-la uma. Não? Como não celebrar isso?
A gente nascer como mãe é um processo difícil, dolorido até. Tudo muda muito na vida, no corpo, na alma da mulher. Abdicar não é só um verbo. A gente faz por escolha e amor? Faz. Mas nem por isso tem menos mérito ou merece menos apreciação. A gente ESPERA ser celebrada. Se for o primeiro dia das mães então.. noooossa.
Esteja a mãe ainda grávida ou já com seu bebê no colo, o primeiro dia das mães é um marco. Um cair de ficha. Um carimbo na nossa carteirinha de Mãe. É uma doidera? Até é. Mas é verdade e é humano. Bonito até, se a gente parar para pensar.
A gente chora com os anúncios na tv, aguarda ansiosa o bilhetinho na agenda do filho, se debulha com um cartão feito com polegares e indicadores melados no guache... porque é uma realização. É um cafuné por tudo o que passamos para chegar até ali.
Todas as nossas dúvidas, medos.. todos nossos males físicos, a privação do sono... todo esse turbilhão é recompensado por um sentimento simples e avassalador neste dia: “Eu sou mãe e tô indo bem”. É um cair de ficha.
E quando a ficha cai de forma graciosa... com nosso parceiro e companheiro nos presenteando e reconhecendo, aí.. é a cereja do bolo. Porque a gente se duvida tanto no processo de ser mãe que se baliza no outro. A gente não precisa do outro para dizer que somos boas mães, não é isso.
Mas quando o outro diz, com carinho e amor, um feliz das mães, ai a ficha cai suave e dançando. É um afago na alma. É.. acima de tudo, cortesia.
E cortesia é amor.
Pode ser um cartão simples. Um desenho do filho em um papel mais bonitinho que o pai comprou. Pode ser um monte de foto em uma montagem. Pode ser um café servido à mesa... o reconhecimento vem de várias formas.

Agora, já que estamos falando em presentes, por que não investir um cadinho mais de carinho ao decidir sobre ele?
Há algumas mulheres que até podem gostar de eletrodomésticos, mas a não ser que seja deixado bem claro, eu não arriscaria... quase sempre são vistos como utilidades para a casa e não um mimo para a pessoa.
Há mulheres que são práticas e, grana curta, preferem deixar bem claro aquilo que estão precisando. Já que vamos gastar mesmo, que seja algo útil e certeiro. Hehehe
Há aquelas que gostam de presentes padrão: sempre maquiagem, sempre roupas, sempre bolsas...
Vez ou outra aparecem presentes que parecem que foram feitos para nós. Esse ano, a novidade foi a Mandala com o nome. Taí um presente que eu AMARIA receber. E pelo que eu vi nos grupos, é quase uma unanimidade.
Posso falar por experiência própria que poucas coisas dão mais orgulho para gente do que o próprio nome do filho.
Quando eu ouvi o nome completo da minha filha a primeira vez e sabia que ela era minha, meu coração parou por dois segundos.
A gente se torna mãe do serzinho mais lindo do mundo (para gente, né? Hehe) e tudo que a gente quer é gritar pro mundo que ele é nosso.
A oportunidade de poder carregar no pescoço o nome que a gente escolheu, do filho que a gente fez, mostrando a família que a gente, com tanto amor e dedicação, criou e mantem... é demais.
Eu tô de olho em uma e talvez esse texto seja uma dica para o marido para o próximo ano.... talvez.. hehe

Dia dos namorados está chegando e eu torço para que aquelas mãezinhas, tão tristes naquele domingo de maio, tenham a chance de se sentirem enamoradas no meio de junho.
Quem sabe esse texto ajude?
Dia dos namorados também é algo comercial? É. Tudo é.
Mas olha.. quantas oportunidades a gente tem de realmente mostrar pra quem a gente ama o quanto somos felizes por estarmos compartilhando essa jornada com eles? Para se pensar. E aproveitar.

Cortesia e presente, gente.. nunca, nunca é demais.

**
Já que a gente quer ajudar mesmo com o texto dando a dica completa para os companheiros (hehehe), essa mandala linda que ilustra o texto você pode encontrar com a Gabi Slivskin aqui:

https://www.facebook.com/gabriela.slivskin?fref=ts

Um comentário:

Unknown disse...

E quando estamos grávidas que corremos o risco de ouvir: Vc ainda não é mã?
Fala sério neh?!
Este ano, foi meu primeiro dia das mães (gestante), e graças a Deus meu marido teve a delicadeza de celebrar este dia, com presente e muito carinho. Foi emocionante.