Ainda
no dia das mães, fim de domingo, fui dar aquela passadinha nos grupos de mães e
fui pega de surpresa com a quantidade enorme de mães desabafando. Desabafo
mesmo. Mães que estavam se sentindo extremamente tristes porque seus
companheiros não haviam lhe dado nada. Nem mesmo um cartão. Alguns, nem mesmo
um “feliz dia das mães”. Para muitos, a desculpa: “ah, mas você é minha esposa
e não minha mãe”.
Pode
parecer um capricho para muitos. A velha desculpa do “mas é só uma data
comercial” ainda é sacada como argumento genérico e ainda vem acompanhada do
“dia das mães é todo dia”. E é! Agora, quem pode, de verdade e com honestidade,
dizer que celebra a mãe no dia-a-dia? A gente tem uma vida tão atribulada que
mal lembra de comer, quanto mais de parar e apreciar, de fato, quem é
importante para gente.
Agora,
se você acha válido celebrar a sua mãe, então eu gostaria de saber como não
celebrar a mulher que você escolheu para essa missão única e especial de ser
mãe dos seus filhos? É tão, tão incoerente.
Sim,
dia das mães é todo dia. Mas você, pode acaso, se lembra de, todo dia,
agradecer a sua esposa pelo papel que ela representa na vida do seu filho?
Você, de fato e de coração, faz com que ela perceba o quanto você é grato pela
dedicação que ela tem ao seu filho?
Sim,
sua esposa não é sua mãe. Mas ela é UMA mãe. Na verdade, fora a sua, é a mãe
mais importante que existe porque foi você que escolheu torná-la uma. Não? Como
não celebrar isso?
A
gente nascer como mãe é um processo difícil, dolorido até. Tudo muda muito na
vida, no corpo, na alma da mulher. Abdicar não é só um verbo. A gente faz por
escolha e amor? Faz. Mas nem por isso tem menos mérito ou merece menos
apreciação. A gente ESPERA ser celebrada. Se for o primeiro dia das mães
então.. noooossa.
Esteja
a mãe ainda grávida ou já com seu bebê no colo, o primeiro dia das mães é um
marco. Um cair de ficha. Um carimbo na nossa carteirinha de Mãe. É uma doidera?
Até é. Mas é verdade e é humano. Bonito até, se a gente parar para pensar.
A
gente chora com os anúncios na tv, aguarda ansiosa o bilhetinho na agenda do
filho, se debulha com um cartão feito com polegares e indicadores melados no
guache... porque é uma realização. É um cafuné por tudo o que passamos para
chegar até ali.
Todas
as nossas dúvidas, medos.. todos nossos males físicos, a privação do sono...
todo esse turbilhão é recompensado por um sentimento simples e avassalador
neste dia: “Eu sou mãe e tô indo bem”. É um cair de ficha.
E
quando a ficha cai de forma graciosa... com nosso parceiro e companheiro nos
presenteando e reconhecendo, aí.. é a cereja do bolo. Porque a gente se duvida
tanto no processo de ser mãe que se baliza no outro. A gente não precisa do
outro para dizer que somos boas mães, não é isso.
Mas
quando o outro diz, com carinho e amor, um feliz das mães, ai a ficha cai suave
e dançando. É um afago na alma. É.. acima de tudo, cortesia.
E
cortesia é amor.
Pode
ser um cartão simples. Um desenho do filho em um papel mais bonitinho que o pai
comprou. Pode ser um monte de foto em uma montagem. Pode ser um café servido à
mesa... o reconhecimento vem de várias formas.
Agora,
já que estamos falando em presentes, por que não investir um cadinho mais de
carinho ao decidir sobre ele?
Há
algumas mulheres que até podem gostar de eletrodomésticos, mas a não ser que
seja deixado bem claro, eu não arriscaria... quase sempre são vistos como
utilidades para a casa e não um mimo para a pessoa.
Há
mulheres que são práticas e, grana curta, preferem deixar bem claro aquilo que
estão precisando. Já que vamos gastar mesmo, que seja algo útil e certeiro.
Hehehe
Há
aquelas que gostam de presentes padrão: sempre maquiagem, sempre roupas, sempre
bolsas...
Vez
ou outra aparecem presentes que parecem que foram feitos para nós. Esse ano, a
novidade foi a Mandala com o nome. Taí um presente que eu AMARIA receber. E
pelo que eu vi nos grupos, é quase uma unanimidade.
Posso
falar por experiência própria que poucas coisas dão mais orgulho para gente do
que o próprio nome do filho.
Quando
eu ouvi o nome completo da minha filha a primeira vez e sabia que ela era
minha, meu coração parou por dois segundos.
A
gente se torna mãe do serzinho mais lindo do mundo (para gente, né? Hehe) e
tudo que a gente quer é gritar pro mundo que ele é nosso.
A
oportunidade de poder carregar no pescoço o nome que a gente escolheu, do filho
que a gente fez, mostrando a família que a gente, com tanto amor e dedicação,
criou e mantem... é demais.
Eu
tô de olho em uma e talvez esse texto seja uma dica para o marido para o
próximo ano.... talvez.. hehe
Dia
dos namorados está chegando e eu torço para que aquelas mãezinhas, tão tristes
naquele domingo de maio, tenham a chance de se sentirem enamoradas no meio de
junho.
Quem
sabe esse texto ajude?
Dia
dos namorados também é algo comercial? É. Tudo é.
Mas
olha.. quantas oportunidades a gente tem de realmente mostrar pra quem a gente
ama o quanto somos felizes por estarmos compartilhando essa jornada com eles?
Para se pensar. E aproveitar.
Cortesia
e presente, gente.. nunca, nunca é demais.
**
Já
que a gente quer ajudar mesmo com o texto dando a dica completa para os
companheiros (hehehe), essa mandala linda que ilustra o texto você pode
encontrar com a Gabi Slivskin aqui:
https://www.facebook.com/gabriela.slivskin?fref=ts
Um comentário:
E quando estamos grávidas que corremos o risco de ouvir: Vc ainda não é mã?
Fala sério neh?!
Este ano, foi meu primeiro dia das mães (gestante), e graças a Deus meu marido teve a delicadeza de celebrar este dia, com presente e muito carinho. Foi emocionante.
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