Ah, eu sempre quis
ser mãe e sempre quis ser feliz, e você?
Quando descobri que
estava grávida foi um misto de emoções tão grande, que eu logo tive certeza de que
a gestação dura justamente 9 meses porque é mesmo o tempo da gente se
adaptar. Imagina se o bebê nascesse em 21 dias como os ratinhos? Ah, a gente pirava,
ainda mais mãe perfeita, pirava mesmo!
Tive longos nove
meses para planejar a chegada do bebê e trabalhar o meu modelo de boa mãe. E eu
me dediquei, viu? Pesquisei insistentemente em livros, em artigos, na internet,
fui à reunião de futuras mamães, fiz “benchmarking”, elaborei mil perguntas às
minhas amigas com filhos e acabei cheia de opiniões, mas com muito poucas
respostas.
Ah, mas se não tem “modelo de bebê”, então, não teria “modelo de
mãe” não é mesmo?
Certo. Tudo bem. Mas,
mesmo assim, ainda queria ser a melhor mãe possível e fui compilando uma série
de “certos e errados” de como cuidar do bebê. Na minha lista ideal, incluía não
dar chupeta (vício, logo no primeiro dia de vida?), amamentar com leite materno
exclusivo no peito (nada de mamadeira, né?), e não precisar de ajuda para
cuidar do bebê (por que eu não daria conta de tudo sozinha se fui criada para
ser independente?).
Mas, na vida real... Ah
essa vida real destruidora de sonhos...
As coisas saíram do
meu controle! As minhas primeiras semanas em casa foram surpreendentemente
cansativas. Bebê chora, bebê não dorme, bebê tem refluxo, bebê tem cólica, bebê
demanda! Peito empedra, peito racha, peito vaza, bebê ainda tem fome, mamãe
chora e o papai surta.
- Marido, compra já
uma chupeta para essa criança pelo Amor de Deus! Sai marido zumbi da madrugada
para achar farmácia aberta. Mas, o bebê não quer chupeta, cospe insistentemente
a “pacificadora” mesmo cheia de Funchicorea (Funchicorea pode?).
- Marido, eu quero a
minha mãe. Chama a vovó pelo Amor de Deus! Sai marido zumbi da madrugada para
buscar a vovozinha e logo descubro - abismada - que muitos dos “conselhos da
vovó” realmente funcionam.
Mas, mesmo assim, marido
e eu não dormimos bem há semanas (ou seriam séculos?) e ainda estamos no
terceiro mês de vida do bebê. Mas, dizem que após o terceiro mês passa...
Amamento
exclusivamente no peito - dia e noite - com intervalo máximo de 3h até o quarto
mês. Minhas olheiras estão deixando o “Tio Chico” (família Adams) com inveja, e
estou só o pó no dia que vou a consulta com a minha ginecologista que diz: “Minha filha, mãe perfeita é mãe feliz! Se
permita uma noite de sono. Dê pelo menos hoje a mamadeira para a sua pequena.
Amanhã, você pode voltar a ser “Super Mãe” de novo.
Mas hoje, você precisa
mesmo é descansar”.
- Mariiido, compra a
mamadeira, pelo Amor de Deus!
*Por Cinthia F
Nenhum comentário:
Postar um comentário