E
um positivo foi o resultado!
O
que você pensava que seria a maternidade quando se viu com um teste positivo na
mão?
Eu
não sei você, mas eu me desesperei e MUITO!
Não
que eu não quisesse um bebê, ou que a gravidez fosse indesejada. Mas, não me
sentia preparada pra ser mãe naquele momento. Sou filha única, sempre me senti
muito filha, e pensava que a vida iria me preparar pra me sentir mãe e quando
isso acontecesse eu ficaria grávida. Mas, não! Aprendi que nunca estaremos
prontas antes de realmente SERMOS mães...
Mães
de verdade não são como as propagandas da TV mostram. Alguém que não sente
apego material às suas coisas quando quebram, ou que não se desesperam ao ver
seu filho fazer um escândalo por causa de alguma coisa no mercado, ou mesmo
consegue manter-se calma perante uma crise noturna de choro.
Ser
mãe é definitivamente ir além! Em TODOS os sentidos.
Lembro-me
com saudade da minha barriga de grávida que incomodava pra dormir, pesava pra
ficar de pé, atrapalhava o banho, comprimia meus pulmões e mal me deixava
respirar... Que alívio eu senti quando finalmente o bebê saiu e eu respirei
como se fosse à primeira vez, beeem fundo!
Ainda
sobre a gravidez, o que eram aqueles enjoos que eu sentia? Tive “Hiperêmese
Gravídica”, não podia nem beber água que vomitava! Passei 3 meses à base de
picolé de frutas. Era o único jeito de me manter hidratada sem me alimentar e
graças a Deus por isso, não precisei ser internada. Sofri preconceito no
trabalho e até precisei me afastar.
Infelizmente
é uma complicação comum, embora desconhecida pelas pessoas que simplesmente
tendem a achar que é apenas frescura de grávida.
Atento
às leitoras grávidas que os enjoos são naturais por causa das mudanças
hormonais. Mas, quando eles vêm acompanhados de vômitos em demasia, isso foge o
normal e passa a ser uma complicação da gravidez que deve ser acompanhada por
um médico. Em certos casos a mãe começa a perder eletrólitos e esse desequilíbrio
pode vir acompanhado de desidratação o que pode acarretar outras complicações
inclusive para o bebê. Assim, é recomendada a internação da gestante, para faça
um jejum absoluto, acompanhado de soro e medicação via venosa que é a mesma
usada para combater as náuseas da quimioterapia. Então, é bom se atentar e
conversar com o médico que faz os acompanhamentos de pré-natal.
Ser
mãe é sentir apego à cria e ficar enfurecida com aquela pessoa sem noção que
teima chegar perto do bebê usando um perfume forte. É arranjar confusão com
quem se aproxima para além de olhar, querer cuidar. É forçar amizade com quem
adora dar um palpite.
Uma
coisa eu aprendi sendo mãe, que não existe uma regra quando o assunto é cuidar.
Cada uma tem seu jeito e este é o mais certo para o seu filho. Eu mesma, nunca
consegui dar banho na banheira. Comprei daquelas grandes e troquei por ofurô
(baldinho). Mas, me dei bem mesmo, com o bom e velho banho de chuveiro!
Aconchegava-a nos meus braços e a fazia relaxar com a água bem quentinha.
A
pressão da água do chuveiro, em contato com a barriguinha dela, fazia algum
tipo de massagem que afastou as temidas cólicas, e isso foi muito bom!
Aprendi
também que não existem regras de amamentação. A única exigência é não exigir e
nem forçar. Tudo tem de fluir, respeitando o seu tempo e principalmente o tempo
do bebê. Com calma e sem ansiedade o leite desce e o bebê aprende a sugar da
maneira correta.
Ser
mãe é saber a diferença de um lenço umedecido, de uma toalha umedecida, é saber
qual o lado certo de colocar a fralda. É saber diferenciar os cheiros de um
cocô duro, de um mole sem olhar a fralda. É saber pra que serve o recorte
diferenciado dos bodies infantis, que permitem a mãe retirá-lo do corpo por
cima ou por baixo. É saber ao certo pra que serve e se serve uma mamadeira com
válvula anti-cólicas, se vai compensar investir numa de vidro ao invés de uma
de plástico e principalmente que os bicos embora “iguais”, tem diferenças entre
si. Ser mãe é saber tudo isso, e não saber também te faz mãe!
Ser
mãe é reconhecer a moça do lado como mãe, só em analisar o comportamento: mãe
de primeira viagem é toda cuidadosa. Mãe de segundinho já é mais “descolada”, e
a mãe de muitos se passa muitas vezes por descuidada! Mas, não se engane, mãe
que é mãe não julga, entende!
Ser
mãe é sofrer calada na volta da licença maternidade, é se sentir “entre a cruz
e a espada” quando pinta uma febre noturna, tendo uma reunião importantíssima
do trabalho no dia seguinte bem cedo. É ficar em dúvida entre qual a melhor
escola, ou mesmo qual a babá mais capacitada. É se abdicar de todos os luxos
possíveis e imagináveis para não abrir mão de ficar em casa para cuidar da
cria, estar presente em todos os momentos importantes como a primeira palavra,
o primeiro dente, o primeiro tombo e os primeiros passos. É sentir-se culpada
por abandonar sua carreira para se dedicar à culinária saudável, sem levar o
menor jeito com as panelas ou mesmo mudar drasticamente a carreira de
engenheira civil para artesã de lembrancinhas de festa.
Ser
mãe é se negar em favor do filho. É aprender a desapegar-se daquela boneca
linda que guardou para quando enfim tivesse uma filha, e na primeira vez que a
vê, ao invés de brincar, simplesmente resolve afundar os olhos da pobre boneca
e apelida-la de “Chuck” (O Boneco Assassino).
Ser
mãe é dar a maior e melhor TV da sua casa para o filho assistir o desenho
favorito, e no dia do último capítulo da novela quando resolve trocar de canal,
volta rapidamente ao desenho, só porque não aguenta vê-lo abrir o berreiro até
perder o fôlego, e deixa pra lá a novela, senta no sofá e assiste o tal desenho
pela vez 1001...
Ser
mãe é tomar banho cantarolando as musicas dos desenhos que o filho gosta, eu
mesma me peguei cantando em alto e bom som: “Hora do Check-Up, Hora do
Check-Up! Eu vou examinar orelhinhas, olhos e se cresceeeeuuu”... (Doutora
Brinquedos da Disney)
Ou
se ver assistindo “sem querer” a Peppa, sozinha em casa. Sentir o cheirinho das
roupas do bebê e chorar... De AMOR! É tanto amor que dói!
Ser
mãe é isso... É isso tudo e muito mais.
O
fundamento de ser mãe é amar tanto o filho, a ponto de passar por cima dos
“percalços” da maternidade e ainda assim dizer que ser mãe é a melhor
experiência da vida de uma mulher.
É
assim que me sinto, e você? Conta pra gente! Escreva o que achou nos
comentários, curta e compartilhe nosso blog, feito para as mães de verdade que
sabem que a maternidade tem muitas coisas que vão “Muito além das fraldas”!
*Por
Bruna C.M.